Hoje as praças das cidades do interior sempre ficam vazias daquelas moças e daqueles rapazes que aos sábados e aos domingos tinham os seus passeios para flertarem, isto é, quando tinham o interesse de encontrar alguém para namorar e foi assim que muitos casamentos aconteceram. Praças do interior se tornaram monotonia, melancolia. Elas participavam da curiosidade, do anseio dos jovens do querer saber quem e quando iria aparecer aquele amor que seria para toda a vida.
Agora, a lua que era dos enamorados, nas noites de sábados e domingos dispersa seu luar nas praças das cidades do interior que ficam vazias. Elas ficaram ausentes daquele romantismo de outrora. Nesta época os dias são apenas dias que se sucedem muito distante daqueles dias de quando eles eram dias que traziam as emoções dos bons relacionamentos humanos. Hoje, aquelas praças são solidão. Apenas lembram que tudo passa, deixa saudades e que o que passa não retorna para ser como era. As praças do interior como lembrada aqui são apenas um dos exemplos de que vivemos num mundo de impermanência. Tudo se modifica, tudo se transforma, nada é permanente como também nós não somos.
Altino Olímpio