08/01/2018
Os comuns e os incomuns do pote de ouro

Ano vai e ano vem, mas isso parece que, não muda ninguém. Todas as pessoas do mundo vivem e sobrevivem com os conceitos que deixam penetrar em suas cabeças provenientes de outros que também se deixaram influenciar por outros. Separando em duas partes os habitantes deste planeta, de um lado temos os simples ou comuns, considerados assim pelos que se consideram incomuns. Os comuns sendo maioria são aqueles do viver apenas pelo viver seja lá como for. Não importa o nível intelectual, formação ou cultura que tenham, se eles não se preocupam com os seus desenvolvimentos, seja mental, psíquico ou espiritual, eles continuam sendo seres comuns e são tidos como sendo da grande massa.

Do outro lado, temos os considerados incomuns, sendo minoria são eles aqueles que acreditam na evolução das espécies, principalmente da espécie humana. Frequentam instituições que se dizem detentoras de práticas que possam promover suas tão desejadas evoluções que, consequentemente possa elevá-los a um nível de consciência superior as dos demais, aqueles já citados como sendo comuns. Os incomuns lêem de tudo que possa acrescentar algo para os seus processos de “crescimento” para as suas consciências. Entusiasmam-se mais quando encontram nos livros que lêem “fatos” que corroboram com suas convicções e as reforçam para que continuem na “senda da iluminação” que pretendem obter quando encontrarem “o pote de ouro que há no fim do arco íris”.

No fim da vida dos homens comuns e dos homens incomuns, a diferença entre eles fará com que tenham um destino diferente depois da morte? Motivo de riso é o que disse o ainda lembrado Voltaire (1694-1778): “Aproximo-me suavemente do momento em que os filósofos e os imbecis têm o mesmo destino” (risos). Quando penso sobre o que os outros pensam sobre a vida e sobre o depois dela, meu raciocínio, “certo ou incerto”, me leva a desconfiar que tudo o que é daqui fica por aqui. E o que é daqui? Pra começar, o nosso cérebro que registrou conceitos certos ou errados e assim se condicionou. Nosso cérebro sendo daqui, nossos pensamentos e imaginações também são daqui. Idéias, conjecturas sobre outra existência além desta daqui se foram “criadas na mente” por aqui, por aqui devem ficar, mas, nas mentes de outros enquanto seus cérebros estejam ativos. Depois que o cérebro é destruído pela morte, pela lógica, tudo o que nele estava memorizado desaparece. Por enquanto a “lógica” da vida é esta. Nascer, viver e conviver com tudo o que o cérebro (consciência) possa conter até que a morte tudo venha a dissolver. É nisso que os comuns e os incomuns podem ter de comum (risos).

 

Altino Olympio

08/01/2018

Comentários:

Crônica: Gente comum e gente incomum do pote de ouro

Oswaldo Muhlmann Junior - Ordem Rosacruz - AMORC-GLP

Saudações fraternais!

Realmente, todos nos igualamos perante as leis da natureza, mas considerando-a tríplice, física, mental/psíquica e espiritual, cada aspecto deve estar submetido à própria Lei da mudança e /ou transformação, determinada pelo Criador. Nada tem fim no seu substrato Divino e como dizia Lavoisier, "nada se perde; tudo se transforma".

Naturalmente, o pensamento de Voltaire, assim como de Lavoisier, todos merecem maiores reflexões, assim como a observação da própria vida, seu propósito, finalidade, sempre um desafio tanto para o materialista, quanto para o idealista.

Obrigado pelo seu texto e uma boa semana!

 



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