Parecendo embutida nas músicas, a nostalgia altera o estado de espírito
para o pensamento do que hoje somos e onde estamos, e nessa circunstância
ficamos “olhando” como fomos, onde já estivemos e com quem
já ficamos.
Saudades são refúgios no passado durante as distrações
dos momentos presentes.
O ar, o mar, o céu, o sol, o universo e Deus, parecem tão sem
importância quando estamos sofrendo pela ausência de alguém
que nunca mais vai voltar.
Até onde chegamos quase sem perceber, sem perceber resta ainda o até
onde vamos chegar e se lá não vamos chegar, isso também
não dá para perceber.
Sempre somos solidão e os outros só servem para criar a ilusão
da ausência dela.
A notoriedade é a vaidade dos indignos de se notar e é melhor
“ser” sem aparecer do que aparecer sem “ser”.
Quando o vazio nos existe, ele nos empurra para o vazio dos outros.
Tédio é falta do que fazer dos que sempre vivem pelo mesmo que
sempre fazem.
Sempre pensamos que vivemos a vida quando é ela que vive em nós
até quando quer, por isso, “um destino para cada um”, é
para esconder nossa ignorância disso.
Tempo culmina em maturidade, é quando podemos sentir o quanto somos
imaturos.
O estar só a deriva em alto mar é igual estar a deriva entre
os seres humanos, pois, nunca se sabe onde vamos aportar.
Vivemos a usufruir tudo o que existe, ainda bem, porque, se fôssemos
usufruir o que existe em nós, não teríamos motivos para
existir.
Às vezes detestamos alguns defeitos só até antes de nos
apaixonarmos por alguém que os tenha.
Quando melhor aprendemos como viver, não falta muito tempo para morrer.
Na juventude das mil e uma peripécias gostamos de nosso corpo, mas,
na velhice parece que ele só serve para atrapalhar a nós e aos
outros.
O amor sempre começa tão lindo e tão intenso e com o tempo
torna-se indiferente para evoluir até o “por dever, obrigação
e o manter das aparências” os ex-amantes se aturarem.