Na parte onze deste tema, onde brevemente diferenciamos a
vida individual da VIDA global, esta, nós a entendemos como tendo o mesmo
significado da “vontade” do livro “O Mundo Como Vontade e
Representação” de Schopenhauer. A VIDA ou “vontade”,
desde o primórdio da existência dela ainda como microrganismo,
passou por inúmeras transformações e em todas suas adaptações
ambientais esteve progredindo para a evolução no homem. Todas
as lentas mutações fisiológicas, sempre foram inconscientes
para ele.Toda transmutação que lhe ocorreu, foi ocasionada por
um poder superior, independente e transcendente para a consciência humana.
Alheio ao homem, esse poder magnânimo é denominado como sendo VIDA.
Também entendida como “energia” dando vida aos corpos orgânicos,
ainda é um mistério como ela é em si mesma, antes de se
manifestar através de seus efeitos, sendo eles, as criaturas que somos.
Temos assim o ser humano aprimorado com as mudanças
sucessivas na sua existência, provocada nele pelo tempo percorrido por
ela, dentre as adaptações que foram sendo necessárias para
seu viver conciliável com as novas condições de existência
que foram surgindo, cada vez mais complexas. O ser humano convive com as transformações
das energias da natureza que lhe são conhecidas, aplicando-as como aprendeu
e como pode, nas invenções e instrumentações físicas,
tendo em vista ampliar os seus insuficientes recursos de intervenção,
modificação, estruturação e multiplicação
no e do seu mundo material.
Entretanto, o ser humano também convive ladeado, transpassado
por energias (vibrações) de tão altas freqüências
que seus sentidos não acusam. Despercebido delas, se por elas bem ou
mal é afetado ou não, ele apenas pode desconfiar.A energia transmutada
da alimentação para manter sua saúde, independente dele
executa suas funções sem ele se preocupar com a existência
dela. Indiferente e depreciador de suas energias interiores, como, também
das externas cujas propagações lhes são ignoradas, assim
é o homem se ignorando em seu habitat. Melhor assim do que viver iludido
com as hipóteses absurdas sobre essas energias, como, poder controlá-las
e adquirir um “poder sobrenatural” com elas.
Se em sua vida o homem mais se preocupasse com o expandir de
sua consciência, as realidades sobre a VIDA, paulatinamente poderiam ser-lhes
reveladas com verdades e valores sempre concomitantes com o nível em
expansão da sua consciência. Deixaria de conviver com as superstições
promulgadas e tornadas próprias desse seu nível atual de consciência
aprisionado por tradições inverídicas.A VIDA manifesta
em nossa vida nunca é estática. Sendo-nos desconhecida em seus
propósitos e atribuições, independente de nossa percepção
ou aprovação, prossegue em suas transformações lentas
e ininterruptas como desde o princípio de quando das bactérias
ou microrganismos, nos transformou em seres humanos “conscientes”
como agora somos.