Deve-se sentir pena dos brasileiros que ao chegarem aos sessenta, aos setenta ou mais anos de idade são destinados a assistir o debandar da educação, da moral, da honestidade e da ética com as quais foram agraciados. Diariamente somos massacrados pelo saber das inúmeras aberrações humanas de comportamento, até provenientes daqueles que exercem cargos públicos. Dentre eles existem aqueles que comprovadamente são infratores, mas, como devem sorrir e considerar palhaços aqueles que os reelegem. Isso porque muitos eleitores são desqualificados para esse dever patriótico. De cerveja, futebol e novela eles entendem bem e a mídia por tanto amá-los bombardeia-os diariamente com essas preciosidades intelectuais. O amor ao próximo foi substituído pelo “desconfio e tenho medo dele”, tais são os roubos, assaltos, o morticínio e os corruptos destes tempos do “Deus te proteja” como refúgio para as omissões e incapacidade de reação. Neste ano de 2013, pra quem acredita em milagre... Infratores do colarinho branco foram julgados e condenados. Nessa circunstância histórica, será que os historiadores do Brasil (autênticos e imparciais) escreverão para a posteridade, inclusive escolar, o enaltecer daqueles que no julgamento dos infratores foram patriotas e o considerar como impatrióticos e antibrasileiros os contrários a eles em seus votos contrários de condenação? Esses últimos se “pegos” pela história, mesmo depois de mortos, se constatadas suas pechas e se historiadas conforme o leigo parecer acima, talvez, seus descendentes se envergonhem deles e não queiram lembrá-los e nem conversar sobre eles. Para eles, triste também seria o desprezo público, não pelo povo em geral, mas, por aqueles de um estágio acima, privilegiados com discernimento e patriotismo.
Altino Olympio