Nós, quando nos percebemos como nós mesmos,
já estamos no mundo.
Desde a meninice, temos dado continuidade ao nosso viver, inconscientes do por
que ou para que surgimos. Tudo pareceu-nos como agradável e nós
como crianças descontraídas enfeitamos os nossos lares. Felicidades
eram estampadas nos sorrisos de nossos familiares.
O passar dos anos trouxe responsabilidades e nós nem questionamos se
as pedimos ou não.
Nos colocaram neste mundo com ele à nossa disposição para
depois com nossa adaptação, ficarmos à disposição
dele. Até pareceu uma traição!
Adaptação mais significa profissionalmente competir com outros
e sobressair-se deles nas conquistas materiais que servem como padrão
para o orgulho ou vaidade humana.
Alguns jovens já se rebelaram assim: “Eu não pedi para nascer!
Porque nasci querem que eu seja como querem?”
Com poucas exceções, muitos, condicionados foram pelo materialmente
existir, em detrimento ao apenas existirem por existirem que é improducente
para a sociedade.
Porém, atualmente, existir por existir é uma impossibilidade.
Os encargos para se manter na existência, comparações e
as cobranças por equiparações torna qualquer um prisioneiro
de sua vida, conquanto seja suscetível a elas.
Diz ser costume de outro povo, se chorar quando nasce uma criança. Seria
pelo temor de um futuro incerto? Seria pelo premeditar sofrimentos?
O que se espera do filho de um casal com fracas condições mentais?
As misturas de seus genes no filho, seriam melhores do que quando nos pais?
Como pra saber é só depois do fazer, consequências que decaiam
sobre o filho, apesar dele, envolver os pais com elas.
Vale a pena colocar um filho no mundo para vê-lo inferiorizado e incapaz
de participar da competição cruel destes nossos dias? Sim ou não,
isso depende de qualquer um.
Muitos preferem dizer: “Foi vontade de Deus, Ele cuidará do meu
filho”. Embora continuem acreditando nisso, não é isso que
vemos. É fácil transferir irresponsabilidades para Deus, difícil
é admití-las. Bem tarde na vida, aqueles preocupados com a realidade
dela, podem se perceber como frutos de inconsequências, depois deles também
terem sido inconsequências pelos frutos que produziram. É assim
que a humanidade continua.
Uma maioria de inconsequentes sufocando a minoria de consequentes.
Nossa! Que pessimismo... ... tudo porque ontem não foi possível
assistir a novela.