01/08/2018
Tonterias sérias

O passar do tempo é o gastar dos nossos dias sem saber quantos ainda faltam para gastar.

Ainda não consigo me livrar das sujeiras que as preocupações da vida sempre me trazem.

Este nosso país é propício para só ser feliz quem é insensível, para quem é ingênuo e para quem seja inconsciente.

Pouco “antes” de a morte chegar ainda podemos pensar se ainda vamos continuar, mas, “depois” não há como pensar.

Quem não consegue viver na solidão tem uma multidão de carências.

Só vou acreditar nos políticos quando o mundo se livrar das banalidades.

Se o ser religioso rendesse dinheiro os ateus não existiriam.

Não posso ensinar o teu caminho porque nem o meu eu consegui encontrar.

O presente sempre é o passado passando por ele deixando-o passado.

Quando chegar a hora da minha morte como vou saber qual hora que é?

Quando estou entre outros tenho saudade de quando fico sozinho.

Se houvesse uma intervenção militar da verdade contra as mentiras somente os animais é que não seriam penalizados.

O inconsciente e o ingênuo quase nunca eles têm com o que se preocupar.

As realidades da vida e do mundo estão a mostrar que todas as instituições existentes para debelar a ignorância e a maldade humana fracassaram.

O conhecimento condena a quem o tem a viver na solidão.

Como sermos nós mesmos sem sermos o que nos dita a sociedade?

A representação de como sou para mim mesmo e bem diferente da que represento para os outros.

A vida parece ser um sonho sem poder se acordar dele.

Ninguém “fica no quem é” quando é alterado emocionalmente por assistir a espetáculos como o do Rock In Rio, o do futebol e etc.

O absurdo do comportamento dos outros sempre causa intriga e faz pensar se eles são mesmo os nossos semelhantes.

Por que na terra quando era um paraíso tendo florestas, mares, rios, montanhas e animais os homens tiveram que aparecer para “desparaisar”?

É bom para o ego sempre ficarmos tristes porque é quando mais nos lembramos de nós mesmos.

O que será que aqueles que não pensam, pensam daqueles que pensam?

Por que será que aqueles que nada sabem falam tanto e aqueles que sabem falam tão pouco?

Não estou em guerra com os inimigos e os amigos não me deixam em paz.

A propaganda de amar ao próximo nunca resultou.

Quase todos estão vivendo na prisão de seus maus hábitos, de seus apegos, de suas crendices, de suas ilusões e das suas aceitações das influências.

Depois do nascer muitos saem por ai correndo e lutando pela vida como se fosse para chegarem até o “podium” dos vencedores.

A vida dos comuns nunca é para ir além das preocupações dos seus afazeres diários.

O homem é uma incógnita para ele mesmo sem querer ter vindo aqui sem saber de donde veio e sem certeza se vai para outro lugar depois de morrer.

A vida é uma estrada desconhecida em que nunca se sabe se o que vem pela frente será para desviar ou aceitar.

Se soubéssemos mesmo o que significa à vida a filosofia não existiria.

Todos procuram a felicidade, mas quando por momentos a encontram ela escapa novamente substituída que é pelas contingências da vida.

O nosso dormir das noites é a morte nos ensaiando para morrer quando o nosso prazo se esgotar.

Quando estou conversando comigo mesmo (pensando) não sou interrompido e por isso minhas “conversas” são úteis e agradáveis.

Ainda nunca vi ou ouvi o que não existe e tem gente que vê e ouve.

Se conseguisse viver sem pensar eu nunca perderia a minha paz.

Quando penso que o mundo é a minha casa me decepciono em ver tanta gente bagunçando nela sem se importar com ela.

Quando coloco a mão na testa para proteger meus olhos do sol e fico olhando para o mundo custo a acreditar que ele foi feito para criaturas tão insignificantes.

Como é difícil encontrar alguém para me escutar e que consiga ficar sem falar para não me atrapalhar.

Quem neste mundo deixa tudo de lado o que lhe é inconveniente e tem seus momentos próprios no existir só pode ser um herói da vida.

Tem gente que nasceu só para servir aos outros mesmo que os outros não sirvam para ninguém.

O viver sem nada a analisar é como se o vazio “preenchesse” todo o espaço da cabeça para o arregalar dos olhos de surpresa quando não se entende o que se ouve de outros que são mais intelectualizados.

Bom-dia ou boa-tarde ou boa-noite para todos.

Altino Olympio



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