O ser humano como herança em seu gene, traz consigo
e leva-o aonde for, seu instinto.
Nos primórdios de sua existência, o instinto foi-lhe útil
para sua sobrevivência. Ele “administrava” suas necessidades
do atacar ou do fugir, acasalamento e etc.
Estudos psicológicos revelaram três níveis de atuações
ou reações no ser humano, pelas quais, ele se demonstra no mundo.
O primeiro nível é o instinto, emoção é o
segundo e a razão, o terceiro nível. Só sendo regido pelo
instinto, seria difícil ao homem com os demais, conviverem em paz. Cada
um só se preocuparia com sua existência e sobrevivência e
nenhum sentimento o impediria de se apossar das coisas ou alimentos dos outros.
Pelo passar de muitos anos, o homem evoluiu para o segundo nível de sua
existência, adquiriu o “sentimento” de emoção
e isso promoveu o despertar de sua consciência para a simpatia, empatia,
paixão, ciúme e etc.
Depois, talvez por ter ficado mais tempo acordado na noite ao redor de uma fogueira
sentindo-se protegido por ela, dando mais atenção aos pensamentos
que as labaredas provocavam, elas conduziram-no à reflexão e daí
para o desenvolver da razão.
Quando o homem atingiu o nível da emoção,
manteve o instinto. Quando atingiu o nível da razão, também
manteve suas emoções e seus instintos ativos. Com o passar de
muitos anos, instintos, emoções e razão evoluíram,
“se refinaram” até ao nível alcançado desta
época.
Com o desenvolvimento do intelecto através de muitos estudos, leitura,
dos exemplos deixados pelas histórias da humanidade, religião,
ciência, filosofia e tudo pertinente ao desenvolver da capacidade do cérebro,
pela lógica, a razão deveria estar como suprema para dominar e
administrar os exageros das emoções e os exageros do instinto.
Poderia mesmo, evitar o surgir, o romper deles quando fossem inconvenientes.
O instinto no homem foi o principal meio utilizado pela natureza, para a reprodução
de sua espécie. A emoção como sentimento de amizade, amor,
religiosidade, o sentir o querer bem pelo outro e vice-versa, favoreceu o viver
em comunidade, facilitando o desenvolver de capacidades de trabalho para fabricações
de produtos para aproveitamento mútuo.
A razão, num resumo, ela é o veículo do homem para ele
alcançar suas realidades.
Conhecida como consciência, para facilmente ser entendida, razão
é a compreensão humana, parecendo ter o poder de se expandir num
desenvolvimento sem fim.
Quanto mais se vai caminhando pela expansão da compreensão, mais
se sente sozinho no mundo.
A razão ou compreensão, quanto mais desenvolvida
for, mais ela dilui ou destrói as ilusões, as superstições,
e se afasta das construções mentais produzidas pela fé
no nível da emoção, onde é a sua morada. A “igualdade
ou irmandade humana” termina numa encruzilhada onde seres humanos permanecem
no nível da emoção e outros sobem para o nível da
razão.
Os dominadores “anônimos” estão mancomunados com os
meios de comunicação, agora sintetizados com o nome de “mídia”.
Suas divulgações são bombardeios diários para serem
introdutores no instinto humano e em suas emoções. Por isso, mais
vemos pessoas vivendo por seus instintos e por suas emoções, distraídas
de suas razões. Os divulgadores da fé, numa inversão, colocam-na
como superior acima da razão. Deus mais protege quem tem fé.
A fé move montanhas e a razão para movê-las precisa de escavadeira.
Afinal, ao seu nível de razão, todos têm razão.