Toda nossa formação corporal tem como propósito,
culminar para a existência de nossos pensamentos, com os quais, somos
individualidades.
Eles são responsáveis pelo nosso sucesso ou insucesso na vida.
Pensamentos podem ser mais claros quando são dissociados das informações
inúteis à que estamos sujeitos.
O sentir-se bem informado de muitos, muito de a ver com cultura inútil.
Tais informações, e são tantas que, roubam nossos pensamentos
para elas, tornando-nos desfocalizados de nós próprios.
Uma tendência do pensamento é ele entreter-se com banalidades.
Pessoas banais, parece que conseguem bloquear nossa mente quando tentamos explicar-lhes
algo.
Nossa memória recusa-se a formular pensamentos para a circunstancia.
É quando dizemos: puxa-vida me deu um branco!
Diferente, com pessoas incomuns, ela parecem facilitar nossos pensamentos para
qualquer assunto.
Na privacidade, nossos pensamentos indicam se estamos bem ou não.
Se concentrados em preocupações e se são elas desagradáveis,
então, não estamos bem.
Às vezes sem sabermos, uma disfunção entre nossas glândulas
endócrinas, causam mal estar, impaciência e indisposição.
Com a volta da normalidade, e isso só podemos esperar, a gente se acalma.
Existem antídotos contra as contrariedades: devaneios e abstrações.
O transporte - para quem quiser - é a imaginação. Nela,
longe de sermos um Julio Verne, bem que podemos ter nossas aventuras. Só
que, não devemos sempre estar nesse caminho da subjetividade.
Pensamento desatento ao tempo é o que o torna relativo. Quando somos
demorado raciocínio para alguma solução, o tempo é
rápido e transcorre sem o percebemos. É lerdo demais quando com
impaciência, aguardamos por um fato que ocorrerá que queremos.
No sono, uma aventura que dura segundos, na “vida real” consumiria
horas ou dias, se possível levá-la à prática.
Rapidez de sonho é o original estado alterado de consciência, cuja
velocidade de “acontecimentos” o cérebro consegue produzir,
desconectado da razão de quando estamos despertos.
Mais somos dominados pelo pensamento do que ele por nós. Inverter as
posições seria uma importante conquista humana.
Seria preciso desprogramar o cérebro do vicio de nos provocar distrações,
principalmente aquelas alheias às circunstancias outras, importantes.
Dificultar o entreter-se da mente com tudo o que é obvio, fútil,
inútil, facilita-nos impor-lhe algum controle.
O cérebro, descongestionado desses empecilhos que mantém a mente
ociosa, ele torna-se mais receptivo das impressões que surgem do subconsciente,
entendidas como palpites, intuição e inspiração,
embora, sendo mais habituais entre escritores, poetas, filósofos e mestres
da musica.
Nós somos constituídos, conforme nosso pensamento seja compatível
com as manifestações ou efeitos da natureza. Os efeitos (energia
em repouso que se chama matéria, dito assim pelos cientistas) podemos
moldá-los, combiná-los, transformá-los em nosso beneficio,
conquanto sejam nossas necessidades. Para isto, o pensamento é muito
atuante.
Para consecuções que estão além ou aquém
de nossas possibilidades mentais, o homem inventou a inteligência artificial
- o computador.
Comparando-se com ele, o homem é lento demais.
Sabe-se que, por meios artificiais não recomendáveis, pode-se
induzir a estados alterados de consciência.
Quando por minuto, muitos e muitos pensamentos desconexos, surgem na mente de
quem os recebe em tal circunstância.
O que isso vem a revelar?
Que com estimulante, o cérebro produz ou reproduz com muito mais rapidez,
uma seqüência ininterrupta de pensamentos, todos eles, diferentes
entre si.
Surge um pensamento já desaparecendo com o próximo que chega que
desaparece com a chegada de outro, e assim sucessivamente.
Surpresa com o inesperado, desacostumada, despreparada para a circunstancia,
lenta então, a consciência não consegue se fixar em nenhum
dos pensamentos que, velozmente desfilam, perpassam pelo cérebro.
O fluxo de pensamentos é completamente autônomo e jorra sem que
a consciência possa exercer-lhe controle, nem mesmo escolher um pensamento
para nele demorar-se mais.
O “eu sou” ou “quem sou eu” (a individualidade) desaparece,
demora para reaparecer, isso, quando o faz.
Parece que morre, ressuscita, se refaz já se desfazendo num se ser nada,
no nada que é o contraste do só existirem pensamentos, eles só
sendo eles e nada mais sendo, no vazio do eu, que, não mais se sabe nem
se encontra.
Alterado em seu processo de funcionamento, deduz-se que do subconsciente ou
do arquivo da memória, o cérebro “puxa” para si, da
existência até o então desta circunstancia em questão,
fatos, visões e audições, inclusive as tidas como esquecidas
ou despercebidas.
Sem ordem cronológica, o cérebro tudo projeta para o presenciar
da mente, como se fosse um cinema, na rapidez seqüencial, como já
foi dito.
No livro As Portas da Percepção (Editora Globo) o escritor Aldous
Huxley tem uma explicação interessante sobre o surgimento de pensamentos
ou impressões. Disse que cada um de nós possui, em potencial,
a onisciência.
O cérebro seria uma espécie de válvula redutora ou reguladora,
para conter a enxurrada da onisciência, deixando só passar pela
“válvula” o que for útil e prático para nossa
existência. Sob o efeito de estimulante, o cérebro seria um abrir
válvula para recepções mentais desprovidas de utilidade
biológica.
Aqui, a explicação incide em percepções provindas
de fora de nós.
Naquela circunstancia anterior, deduziu-se que as percepções são
provenientes de dentro de nós.
Das duas opções, qual seria a mais coerente? Será que ambas
são coerentes e se interpenetram para manifestação na mente?
Pelo exposto, pode-se concluir que o cérebro humano possui muito mais
possibilidades, das quais, nem imaginamos.
Num turismo pela utopia, na espécie humana, o desenvolvimento de sua
evolução poderá desabrochar numa mente bem mais abrangente
que, simultânea com as impressões, será instantânea
no equacionar delas, isso se não forem transcendentais, há sempre
combustível desafio para o desenvolvimento humano.
Vestígio de tal evolução percebemos nas muitas crianças
desta época, que, se comparadas às crianças que fomos,
são mais intelectualmente capacitadas.
Agora, para uma homenagem ao pensamento e aos pensadores, são propícias
as palavras de um escritor e sacerdote francês, Ernest Dimnet: “A
insônia, antes de acabar em exaustão, produz em geral uma lucidez
que nem a mais demorada meditação pode substituir”.
Pessoas “instruídas”, algumas delas ao lerem sobre um tema,
tornam-se incoerentes quando transferem para o autor, como sendo características
dele, as experiências narradas.
Isso nem sempre é verdade.
Esquecem ou não sabem que, aqueles que sabem, de um ponto fazem um conto.