Muitas “coisas” que existem, “existem” apenas durante as explanações ou descrições sobre elas, mas, na prática... Muitas pessoas em suas explicações afirmam o existir de fatos sem nunca tê-los vivenciado, sem tê-los provados ou comprovados para elas mesmos. Faz parte da humanidade se perder em suposições ao invés de se manter em posições sobre fatos que possam ser avaliados pela razão. A “razão” é a razão para que os homens vivam em verdades. Mas, a razão dos outros (risos) pode preocupar, pois: “Não há nada no mundo que esteja mais bem repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra” (René Descartes).
Para o homem, sua razão (consciência) tem razão de ser apenas enquanto aqui ele vive no mundo. Enquanto aqui, ela não consegue abarcar e entender fatos e situações outras, que, “poderiam” existir depois da morte. Quando o homem “apenas acredita” no seu pensamento e nos argumentos de outros relativos à “sobrevivência” depois da morte, antes de acreditar nela, se ele preza pela autenticidade deveria considerá-la sendo apenas uma possibilidade se ele não tem como se certificar de sua veracidade, como outros que também não têm como.
Muitas “coisas” não existem para muitos. Não existem para aqueles que apenas vivem suas vidas simples sem se importarem “com o algo mais que possa existir” além de suas percepções sensoriais objetivas. Se eles nunca pensam e nunca se lembram de Deus, “Deus não lhes existe”, embora, possam dizer que Ele existe. Para aqueles que pensam e sempre se lembram de Deus, “Deus lhes existe”. Simples, não? Nós é que criamos na mente a “realidade” dos fatos ao aceitá-los como verdades conceituais, inclusive se eles forem sobrenaturais ou transcendentais. Sendo assim, o acreditar no que existe ou não existe, se for importante e se for mesmo necessário pra se saber, para se viver, cada qual com a conceituação (razão, consciência, experiência, discernimento) que possui é quem deve decidir se acredita ou não. Mas, acreditar quando não é necessário acreditar... Acreditar no que não tem importância... Entretenimento dos inocentes.
Altino Olympio