O livro “Campos de Psicologia Aplicada” de Anne
Anastasi, da Editora Eherder de 1972, serviu de base para a narrativa a seguir:
No outono de 1957, um grande alarme público foi provocado pela comunicação
de uma “experiência” levada a efeito por uma firma comercial
num cinema de New Jersey, no Estados Unidos. Durante a exibição
de o filme regular, a frase “coma pipocas” foi projetada na tela
a cada cinco segundos, proposital e tecnicamente imperceptível ao olho
humano.
Em virtude da exposição extremamente breve, tais estímulos
foram descritos como “subliminares” ou seja, abaixo do limiar (ou
fronteira) da percepção humana.
Não obstante, a firma sustentou que, durante as seis semanas em que tal
processo foi seguido, a venda de pipocas no balcão da sala de espera
do cinema, cresceu 57 %.
Tal tipo de publicidade foi variadamente descrito como “a venda supersuave”,
“a venda invisível” e “o pequeno anúncio que
não houve”, pela imprensa local.
Terríveis quadros foram pintados de uma nação de robôs,
cujo comportamento seria possível controlar por meio de sugestões
das quais as pessoas não teriam sequer consciência. Os protestos
depressa atingiram tais proporções que chegaram até ao
Congresso dos Estados Unidos e à Comissão Federal de Comunicações.
Afirmações específicas feitas com relação
à demonstração no cinema de New Jersey não puderam
ser apreciadas em virtude da recusa da firma comercial em revelar os necessários
detalhes do processo dos seus resultados.
Sem dispor de tal conhecimento, tornou-se impossível determinar se o
informado aumento das vendas resultou da publicidade “subliminar”
ou de outros fatores não controlados ou coincidentes, isso, naquela época.
Hoje, embora superficialmente, muitas pessoas sabem da técnica que foi
usada naquele cinema daquela época. É o que vamos tentar explicar
a seguir.