Antigamente havia demoras
Existe uma música que tem o nome de “Mensagem” cuja letra dela começa assim: “Quando o carteiro chegou e de longe gritou com uma carta na mão, diante tristeza tão rude, não sei como pude chegar ao portão... ...” Nesta vida tudo passa e tudo muda. Bons tempos aqueles em que as pessoas se correspondiam por cartas. O contato com parentes distantes eram assim, por cartas. Para enviá-las era preciso ir até o correio, o intermediário para as mensagens chegarem aos seus destinos. Existiam as cartas de amor que, quando enviadas pelas moças eram enfeitadas com pétalas de rosas incluídas entre as páginas escritas a mão.
Demandava tempo, dias, para que as cartas enviadas tivessem respostas para quem as enviou e as aguardava com ansiedade (risos). Agora quase não se envia mais cartas, pois, a tecnologia moderna fez com que as pessoas se comuniquem rapidamente e até instantaneamente estejam próximas ou mesmo distantes em outros países. Contudo, isso fez com que viesse a existir um bombardeio sem trégua de notícias diárias e muitas conversas ou mensagens inúteis entre pessoas que, não generalizando, se correspondem como se mais nada tivessem para fazer em suas vidas, a não ser “alimentar” os seus vazios.
Altino Olímpio
https://www.youtube.com/watch?v=GKxNM5vVyq4
RAPIDINHAS DO ALTINO
Segredos juvenis
Naquelas noites de quando eu ainda dormia em colchão feito com palha de milho minhas imaginações me levavam até onde estavam as meninas que eu gostava. Eu namorava com elas em segredo. Eu muito as beijava enquanto o travesseiro suportava minha cabeça apaixonada por ilusões. Aquelas meninas cresceram, ficaram moças e se casaram... com outros (risos). Eu também cresci, fiquei moço e me casei com outra que não estava dentre aquelas que eu gostava na minha infância. Hoje, idoso não me acomodo ao travesseiro para pensar em alguma idosa. Por isso, hoje nem na imaginação beijo alguma mulher “em segredo” (risos).
Altino Olímpio