“Não poucos já olharam para além dos degraus dos últimos degraus da escada, mas, continuaram a ficar sobre eles”. Friedrich Nietzsche
Muitos na “grande busca” pelo poder mental ou espiritual dedicaram (ou perderam) muitos anos de suas vidas para esse propósito. Quase todos desses muitos se descuidaram de suas devoções, aquelas seguidas de seus pais e avós, digamos, tradicionais. Primeiro se tornaram prosélitos. Trocaram de religião querendo encontrar noutra, ou noutras, o que não encontraram nas suas de até então. Depois “descobriram” que religião era para os mais acomodados e a todos mentalmente nivelava por igual. Perceberam nos religiosos a entrega de suas vidas para um poder divino e por isso entre eles não há a necessidade de evoluir. Inconformados com essa premissa, os ambicionados por recursos evolutivos procuraram por outras “sendas” pensando tê-los nelas. Adentraram nos movimentos espíritas para depois serem “escolhidos” por “merecimento”, para as sociedades secretas. Nestas, agora, se dizendo “sociedades discretas” os ensinamentos tão profundos eram de deixar qualquer um muito entusiasmado. Por isso, alguns se sentiram superiores à maioria. Mas, os estudos promovidos pelas tais sociedades discretas são de “gota-a-gota”. Um início de aprendizado por semana a ser completado nas semanas vindouras e essa “lengalenga” perdura por trinta, quarenta ou mais anos quando o dependente de evolução pode se tornar um “iluminado”, mesmo já estando velho para poder aproveitar dessa iluminação. Sabe-se que no “meio do caminho” muitos desistem dessa jornada auspiciosa, “com ou sem frutos” para recolher. Muitos retornaram para suas crenças ou religião de início, eles que “já olharam por sobre os últimos degraus da escada, mas, na verdade, nunca deixaram de continuar sobre eles”. Outros se tornaram descrentes de tudo. Entretanto, haveria algo para se ver por sobre o último degrau da escada? Quem viu alguma coisa, sobre isso não conversa com ninguém lá na casa de repouso.
Altino Olympio