Parece mesmo que não é a idade o fator principal
de tornar adulto um ser humano. Muitos com idade avançada continuam cada
vez mais crianças. Vivem nas atitudes, nos entretenimentos e nos desejos
pertencentes a fases passadas de suas mocidades. Esses comportamentos se fazem
notar em muitos daqueles destituídos de seus pares quando buscam compensações
em companhias de outros da mesma situação de se sentirem sozinhos
precisando de distrações para seus infortúnios. Desabituados
pelo viver só, homem e mulher não percebem nessa circunstância,
a oportunidade de ter uma vida mais mental do que apenas física quando
um procura o outro para somarem ou disfarçarem seus vazios existenciais.
O vazio nas pessoas promove-lhes suas buscas por notoriedade entre outros vazios
iguais a elas. Psicológica, essa dependência aprisiona qualquer
um num existir igualado com outros por distrações substituidoras
de sua situação patética.
O não saber o que fazer consigo mesmo, isso, leva muitos
a se exporem pelos ridículos de seus comportamentos entre a cumplicidade
com outros em seus “passar o tempo”. Confessada por algumas, seus
“passar o tempo com outros” muito tem a ver com a expectativa da
oportunidade de praticarem sexo. “O meu médico”, alguém
falou, “aconselhou-me a praticar sexo, disse que muito estou precisando
disso”. Isso foi dito para alguém com mais de setenta anos. Quando
um médico aconselha isso, por que ele mesmo como “amostra grátis”
não resolve o problema da sua cliente? Isso evitaria que ela viesse a
tornar-se ridícula “dando cantada” em homens bem mais jovens.
Algumas pensam que o sexo é panacéia para todos os seus males
quando o mal maior está em suas cabeças ocas. Já em suas
flacidez, algumas já se envolveram com homens bem mais novos “tão
corajosos” e por isso pensam que outros também devem estar disponíveis
como remédios para seus indisciplinados instintos ainda tão atuantes,
sendo eles, motivos de seus orgulhos por se pensarem ainda jovens.
Antes de se demonstrarem ridículas, deveriam “ler
a bula do homem muito mais novo escolhido como remédio” para saber
se ele é compatível com a cura que procuram para atenuar seus
instintos e se tal homem não produz efeitos colaterais. Tais efeitos
são comuns entre os homens naquele dizer: “Depois que gozei não
mais consegui olhar na cara dela”. Esse “mal-estar do depois”
acomete muitos homens que se fazem de remédio para curar alguém
por quem nem mesmo simpatizam. Mesmo assim, seus orgulhos por terem usado de
uma mulher foram-lhes contrários por terem sido usados por uma delas
e eles não sabem disso, pudera, ainda ninguém lhes contou. Em
seus ataques as mais ousadas reclamam: “Vocês homens preferem mulheres
mais jovens e elas são tão vazias”. E daí? Existe
sexo intelectual? Se mulher mais jovem tem mais energia, mais simpatia, é
mais bonita e “tem tudo no lugar” sem constrangimento para mostrar,
por que deveríamos sair com uma mulher mais velha e disfarçar
nosso olhar de seus desgastes para não magoá-la? Mas, é
fácil entendê-las. Homens da mesma ou de mais idade delas, já
perderam a capacidade e o interesse de serem cura para seus tormentos instintivos
que ainda exercem domínio sobre suas emoções e suas razões.
Bem, paremos por aqui, pois, é hora do programa de tv “Big Brother”.