14/08/2018
Como se escolhe o melhor presidente

Ouvi falar meu nome mais de uma vez. Por que será? Outra vez ouvi e a voz vem lá de cima. Vou até lá para saber porque me chamam. Estou subindo por estas ruas, casas dos dois lados... Parece que estou num lugar estranho. Agora sim estou ouvindo vozes. Cheguei e parece que está havendo um comício político. Não tem muitas pessoas assistindo e nenhuma reconheci. Os que estão falando ao microfone estão distraídos, então, vou passar por eles despercebido e continuar caminhando pela rua. Xi me chamaram e o que será que querem de mim? Eles não estão num palanque, estão na rua com aparelhagem de som. Querem que eu fale ao microfone, mas, por que eu? Nunca tive envolvimento político. Falar o que? A minha voz mudou depois do meu último infarto. Sempre começo falando normal, mas, logo parece que perco os sons graves e os sons agudos predominam. Vou tentar... Boa-tarde... Cumprimentei a todos e dei sinal com as mãos para aguardarem eu começar a falar.

Perguntei pra alguém que estava ao meu lado: O que está acontecendo aqui, sobre o que devo falar? Dai fiquei sabendo que nada tinham a ver com política regional ou nacional, eles estavam apenas querendo que escolhessem o novo presidente do Clube de Caieiras, conhecido como o SERC. Voltei ao microfone e comecei a falar sobre os bailes que haviam sido promovidos pelo clube e outras coisas do clube que eu não sabia que sabia (risos). Voltando a falar dos bailes me confundi, pois, me percebi falando dos bailes do Clube da Terceira Idade que não era o propósito daquele momento. Por isso comecei a gaguejar e senti meu rosto avermelhar de vergonha. Silenciei por uns momentos e voltei a falar que o novo presidente do Clube de Caieiras em conjunto com o Clube da Terceira Idade iria promover grandes bailes e com grandes orquestras.

Alguém próximo me disse que alguns integrantes da Orquestra de Caieiras também estavam entre nós e eu fui conversar com eles e me esqueci de continuar falando ao microfone. E falei-lhes que eles eram famosos, pois já os havia visto numa fotografia colada na parede de uma padaria de uma cidade do interior e por mais que eu tentei não consegui me lembrar do nome daquela cidade e então falei que era uma cidade depois da Cidade de Valinhos. Deixei aquele “evento” dizendo que precisava caminhar até mai pra cima para comprar... Comprar... Comprar... Tive que falar cidradura, pois, não consegui me lembrar da palavra rapadura. E fui caminhando e dos dois que estavam me acompanhando um disse para o outros: Ele costuma raspar rapadura para...

Ele não conseguiu terminar de falar porque comecei a ouvir uns reque-reque, reque-reque. Era o Fofão, o meu gato grandão, gordo e pesado arranhando o cobertor da minha cama próximo ao meu rosto para que eu acordasse e fosse dar ração para ele e para os irmãos dele (risos). Mas, antes, me sentei na cama para recordar bem o sonho, senão logo poderia esquecê-lo. Ao sentar-me junto à mesa da cozinha para tomar café ainda continuei sonhando, mas, acordado lembrando-me dos tantos bailes que frequentei e de várias moças com quem dancei. Foram tempos tão românticos. Abaixo está um link para aqueles que ainda gostam de recordar de quando o dançar era apaixonante.

http://www.youtube.com/watch?v=J_F2X_8jB5E

Comentário:

Oswaldo Muhlmann Junior - AMORC-GLP

Hoje, 06:32Você

Bom dia, caro Fr. Altino e feliz quem pode recordar os bons tempos, revivendo-os na consciência e imortalizados na memória. Grato também por compartilhar o link com músicas da mesma forma inesquecíveis e inspiradoras.

 

Forte abraço!

 


Altino Olympio

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