Curas medicinais ou espirituais
O todo poderoso de outro país pensando que noutro país não existem médicos suficientes ordenou: Vão ao depósito e com a empilhadeira retirem do alto uma quantidade de médicos e os enviem para onde são mais necessários, pois, por aqui são em demasia. Mas, um chefão de outro país não se conseguiu curar no país do todo poderoso e morreu, não antes que um homem verde ficasse maduro para substituí-lo. Se viesse para cá, aqui temos hospitais especialistas em parasitas (está no dicionário: animal ou vegetal que se nutre do sangue ou da seiva de outro). Se a doença daquele chefão fosse parasitária, aqui ele se curaria. Ficando um tempo por aqui poderia torcer pelo time do Mensalão Atlético Clube que nunca perde um jogo. Até poderia distribuir Balas Tófeliz para as crianças durante esse espetáculo nacional. Os times daquela localidade em nada se preocupam porque lá os juízes são imparciais nas suas jogadas. Um deles muito rígido que instantaneamente percebe quando há impedimento e apita, ele é elogiado pela torcida que grita “excelso, excelso quando apita tem sucesso”. E também “não tem lamento quando erra num impedimento”. Entretanto, aquele chefão que morreu e se aqui a medicina falhasse em curá-lo, bastaria que ele frequentasse uma de nossas igrejas milagrosas. Nós já vimos portadores de muletas serem curados depois de uma eloquente oração quando sozinhas as muletas saíram andando e todos os presentes nas ocasiões gritarem: Milagre, milagre! Por aqui chegaram médicos “de fora” para a harmonia com os médicos “de dentro”. Que “chegue vara” também para surrar os descontentes.
Altino Olympio