Jardim da infância para adultos
Está havendo necessidade para algumas pessoas voltarem a freqüentar o aprendizado no Jardim de Infância ou, para elas criar um Jardim de Adultos. Seria para saberem se comportar numa conversa. Pois, elas se utilizam de palavras inapropriadas e com exaltação indevida. Viciadas em interromper conversa elas são bem equipadas com a lei dos opostos no dizer “eu adoro isso ou eu odeio isso”. Se o assunto é sobre alimentos o “eu adoro ou odeio isso” é um exagero. Como se pode adorar ou odiar um alimento? Podemos gostar ou não dele. Pra que esses extremos ao opinar sobre ele? Eu adoro, eu amo, eu odeio. Pra outras coisas também, essas mesmas explanações são utilizadas mesmo quando para elas não há como sentir esses “eu amo, eu adoro, eu odeio”. Percebemos em pessoas vazias suas empolgações por trivialidades por lhes faltar as importâncias com que deveriam conviver. Entretanto, se julgam importantes em seus “eu amo, eu adoro, eu odeio” como se fossem donas das verdades e como se o mundo estivesse concordando com elas. Isso é bem notório em suas ênfases pelo pronome “eu” nas suas exteriorizações “eu sou, eu faço, eu não gosto, eu gosto, eu discordo, eu tenho, eu falei, eu mandei” e etc. Essa comprovação de egocentrismo demonstra a incapacidade humana de não se notar quando se expõe a ridículos, embora, entre os iguais isso não transpareça. Mas, como é fantástico quando conversamos com alguém e o mundo fica esperando para transmitir ao universo o interromper dele com o “isso eu amo, eu adoro, ou, isso eu odeio”. Essas frases curtas estão mesmo a comprovar como os seres humanos são importantes. Coitadinho do mundo se eles se calassem. Ele ficaria sem conhecer esses sentimentos que, como tal, o faz permanecer.
Altino Olympio