A humanidade para se manter, necessita do maior número
de inconscientes.
A eles foram criados adjetivos compensadores, para que permaneçam nas
ilusões de suas importâncias: honesto, trabalhador, virtuoso, humilde,
religioso e etc.
Mais ou menos com isso, o povo é igual em condutas, consumo e entretenimento.
Para manter o povo obediente e distraído, utiliza-se da cumplicidade
da religião. Uma prática dissociada da realidade objetiva do cotidiano,
visto que, lida com imponderáveis.
Utiliza-se também dos esportes e de outros tantos entretenimentos da
hoje “alegria do se cair em lugar comum”, donde desses meios, aberrações
de comportamentos tornam-se comuns.
A televisão despojou-se dos bons espetáculos e bons artistas e
substitui-os por espetáculos e artistas medíocres.
As estações de rádio e os canais de televisão, repetidores
como papagaio, difundem da mesma fonte, apenas noticias que ela quer e como
quer. O que interessa a fonte é omitido.
Massacrado por tantas informações, o povo nem desconfia que a
maioria delas é inútil para o viver de cada um.
Mesmo assim, em suas ingenuidades, muitos arrogam-se como sendo bem informados.
Nos lares, acostumados à tantas imbecilidades televisionadas, poucos
livram-se delas para se dedicarem ao colóquio familiar.
Tantas inutilidades existem quantos sejam os inocentes necessários.
Eles são destituídos do viver por si mesmos e viciados no viver
que não é deles e nem para eles. Por tudo se influenciarem, aceitarem,
são receptadores das industrias de ilusões do usurpar das mentes.
Como “civilização”, a humanidade conserva-se no mundo,
mais pela participação dos inconscientes do que pela participação
dos conscientes que, minimamente vivem sistematizados.
Tantos, com a mente embaralhada com como que cartas sem valor, sentem-se insuflarem
com vazios que, provoca inquietações. Se faz necessário
a busca do contrario - o preenchimento.
Uma opção é se reunirem com outros para ouvirem historias
sobre alguém do passado que teve uma vida simples e frugal, numa existência
livre das preocupações materiais. Tal ser, um antípoda
mesmo se comparado à nós, viveu sem posses, sem conforto e sem
quaisquer tecnologia. Dedicou-se a instruir outros sobre um outro mundo de paz
e felicidade:
“Bem aventurados os humildes... Bem aventurados os pobres de espírito...
...
Largai tudo e siga-me”
TARDE DEMAIS!
O mundo tornou-se uma prisão psicológica, que, tornou a todos...
pobres de espírito.