Pouco mais de um mês depois daquela impressionante passeata do dia 26 de maio, esta deste dia 30 de junho também foi emocionante devido a tanta gente que lá compareceu. Como foi na passeata anterior foi muito difícil transladar pela avenida pelo acúmulo das pessoas que compareceram. Até pareceu ser uma festa com as manifestações que houve oriundas dos carros de sons barulhentos (risos). Para conversar com alguém era preciso falar-lhe junto ao ouvido. Já dentro do metrô superlotado houve muito barulho e na saída da Estação MASP-Trianom a gritaria foi ensurdecedora: MORO, MORO, MORO! Por todos os lados da avenida a predominância era a cor amarela das camisetas dos brasileiros unidos pelo objetivo do dia.
Às vezes foi preciso dar passagem para o pessoal que esteve transportando aquela enorme bandeira verde-amarela tão comprida que parecia não ter fim. Lá no céu eu vi helicópteros, talvez, gravando de cima a cena da maior acumulação de pessoas numa avenida que já está insuficiente para acomodar tanta gente que aos gritos reclama por seus direitos, como, a aprovação de projetos na câmara dos deputados e na dos senadores. Mas, o principal objetivo da passeata foi dar apoio para o Ministro da Justiça, Sergio Moro que está sob o ataque de uma minoria que o quer afastado do combate à corrupção. Li vários cartazes com as fotos do Gilmar Mendes, do Toffli e do Lewandowski com dizeres inscritos: Inimigos do Brasil. Ouvi proveniente dos carros de som reclamações contundentes sobre vários políticos de Brasília que, se agrupam numa oposição ao governo.
Não sei se pessoas do interior de São Paulo, aquelas do interior próximo à capital, se elas também compareceram para o passeio contra corruptos. Lá defronte ao MASP eu encontrei com o casal amigo, Edson e Iracema Prando. Resolvemos então dar umas voltas pela avenida que é reta e aconteceu que o Edson se perdeu ou nos perdeu. Eu e a Iracema não mais conseguimos revê-lo. De Caieiras e famoso no Brasil por ter sido um dos pioneiros do mergulho em águas profundas do mar, jamais ele seria um agente secreto, pois, nem a sua esposa ele conseguiu seguir na multidão. Ela teve que voltar sozinha para casa (risos). O que aborrece é saber que nem sempre a mídia fica sabendo desses movimentos humanos que é em prol de alguma causa justificável. Lembro-me do Foro de São Paulo que, durante muitos anos ela não o divulgou por não ter ficado sabendo da existência dele, coitada. Não sei se neste domingo será fantástico para ela divulgar, mesmo que, seja só um trechinho (risos).
Altino Olimpio