Relembrando, a sensação nos revela que certa
coisa é. O pensamento nos diz o que tal coisa é. O sentimento
nos revela se tal coisa tem valor para nós, isto é, seu valor.
Estas três funções da consciência, sensação,
pensamento e sentimento, parecem encerrar a experiência comum que temos
através dela. A intuição sendo a quarta função,
ela é muito sutil. Surgindo na consciência como um lampejo, a intuição
é portadora de uma idéia inesperada, triunfante sobre as outras
idéias que o nosso raciocínio comum possa ter tido mentalmente
para solucionar um problema ou como resolver uma situação. Entretanto,
espontânea como ela é, ainda não temos domínio sobre
a intuição, se é que teremos algum dia. Antes que a intuição
se torne comum para o ser humano quanto às funções da sensação,
do pensamento e do sentimento, ele só será três quartos
de uma entidade inteligente e completa.
Munidos com duas mentes, uma interior e outra exterior, nós
somos seres duais ou, materiais e espirituais. Somos compostos de uma parte
física com uma parte psíquica ou vice-versa. Nossa mente interior
(o eu subconsciente), embora pouco compreendida, desprezada, nada solicitada
e sendo do nosso lado mais relevante, a mente interior, “nosso eu”,
é uma extensão, uma continuidade do Grande Todo inerente em nós,
e é o nosso eu verdadeiro, denominado de “Semelhante a Deus”.
Inconsciente dela, a mente interior desempenha suas funções
para manter a vida no nosso corpo. Todos os nossos órgãos funcionam
independentemente de nosso conhecimento e alheios à nossa percepção.
A mente interior ou subconsciente pode ser comparável com a inteligência
cósmica que realiza a criação, manutenção,
movimentação e saturação de todos os corpos existentes
no infinito. Infinita em seu poder de realização, a mente cósmica
ou divina produz através de sua energia indiscernível, todas as
manifestações discerníveis ou não para nós.
Essa mesma energia cósmica indiscernível quando circunscrita,
restrita como que separada e isolada dentro dos limites do nosso corpo, ela
cria e mantém nossa vida num e no “universo em miniatura”
que somos. No cósmico a energia é manifesta na multiplicidade
de seus efeitos e no homem ela é a sua “mente interior” por
dentro de seus efeitos que culminam na sua consciência manifesta como
objetiva, subjetiva e subconsciente, constituindo a psique humana.
Por muito tempo, perdurando ainda, o nome ou palavra “alma”
serviu para englobar os outros nomes como: psique humana, corpo psíquico,
corpo espiritual, corpo imaterial, espírito, subconsciente, inconsciente
e etc. Pensava-se e ainda se pensa na alma como sendo um “corpo”
invisível por dentro do corpo físico. O primeiro sendo espiritual
e o segundo sendo material. Embora invisível, a alma retém em
si a mesma imagem do corpo em que está abrigada e também suas
características, como, o caráter e a personalidade da sua individualidade
da e na incorporação. Na morte, o corpo material se desfaz em
seus elementos primários, átomos e elétrons. A alma, “indestrutível”
retorna para algum lugar tido como de sua origem, “mantendo” a personalidade
e inclusive a fisionomia de quando encarnada. Nós vamos continuar com
este tema.