Muitos dizeres pelo jargão popular (gíria) do passado foram esquecidos. O “passar a saliva”, por exemplo, foi um daqueles dizeres que desapareceram. Passar a saliva significava passar a conversa numa moça e convencê-la para namorar. No dia dezessete do mês de abril de dois mil e dezesseis, aconteceu no Congresso Brasileiro (só podia ser) durante votação para a aceitação de um processo de impeachment um fato romântico que até foi televisionado.
Um deputado, tal de Jean Wyllys carinhosamente cuspiu no rosto do muito macho e valente deputado Jair Bolsonaro. A seguir o cuspidor correu como para provocar um corre-corre e um pega-pega lá no Congresso Brasileiro. Mas o Bolsonaro, homem de família, para manter sua reputação preferiu desconsiderar aquela prevaricação. Pergunta-se: Será que a cuspida não teria sido para “passar a saliva” no Bolsonaro? .
Teria sido isso e todos interpretaram diferentes pensando ter sido uma desavença entre os dois? Somente os dois podem esclarecer. Ás vezes o rancor entre duas pessoas pode ser um amor que esteja oculto (risos). O fato foi mais engraçado do que a engraçada antiga Escolinha do Professor Raimundo e da Praça da Alegria da televisão. O Conselho de Ética da Câmara bem que poderia homenagear o belo salivador Jean Wyllys por ter sido protagonista de um bom espetáculo para o povo brasileiro (risos).
Altino Olympio