Para quem já viu um rolo de filme de cinema, sabe
que, desenrolando-o cerca de meio metro e expondo-o contra a claridade, observa-se
uma seqüência de fotos repetidas. Seguindo-se atentamente a seqüência
das fotos, iremos percebendo o gradual diferenciar entre elas, mesmo que, pareçam
sempre iguais. Para se filmar um homem no gesto de levar um cigarro à
boca, várias fotos subseqüentes são necessárias para
reproduzir a cena, que, ao assisti-la na tela do cinema, a vemos na seqüência
calculada que produz no ato filmado, a mesma velocidade de sua movimentação,
com a qual, estamos acostumados no cotidiano do nosso viver real. Gradual, as
diferenças que percebemos entre as fotos do filme desenrolado, estão
nas posições subseqüentes do movimento do braço com
um cigarro na mão, cada vez mais próximo da boca.
A técnica subliminar funcionava assim: cortava-se o filme de uma cena
qualquer e ao reatá-lo, colocava-se no local da emenda, uma única
foto totalmente diferente das fotos subseqüentes da cena já existentes
no filme.
Quando ao passar pela lente do projetor para ser exibido na tela, o filme o
faz numa velocidade que impede o olho humano ver ou captar a cena daquela foto
isolada, na emenda do filme reatado.
Nossa visão, uma de nossos principais sentidos receptores de nossa mente
consciente, ela, não consegue ver a cena daquela foto única introduzida
entre tantas outras, mas..., Nossa mente subconsciente “pega”, capta
e registra sem percebermos.
Isso foi o que aconteceu naquele cinema de New Jersey. O aumento na venda de
pipocas pareceu mesmo, foi sutilmente provocado. Repetidas vezes intercolocada
entre outras tantas fotos, sendo apenas uma com a sugestão “coma
pipocas”, isso provocou naquela platéia do cinema muita vontade
de comer pipocas. Na sugestão, inclusa também estava o nome de
um refrigerante famoso, o qual, aqui nós não mencionamos.
O “efeito subliminar” é proibido para os meios de comunicação
utilizá-lo, mas, isto já é outro assunto que requer continuidade.