Muitas idéias foram formuladas sobre a vida do homem e o propósito dela. Mas, o mistério da vida é inacessível ao pensamento comum, ordinário. Esforços existiram e eles ainda existem para o homem se apoderar do compreender das causas que antecedem o efeito que culminam na criação dele. Essa questão não está à altura de qualquer pensador comum resolver e nem à altura de qualquer “tida autoridade” sobre esse tema, o mais complexo. Os seres humanos nascem, vivem e até suas mortes suas dúvidas os acompanham.
Se Deus existe de fato, se existe alma e se ela é imortal. Comprovação, mesmo, inexiste para ser certeza inabalável, embora, muitos atestam tais existências como sendo certificadas pela fé, ou mais pelas suas convicções pessoais. A alma é a coqueluche das religiões. Sem ela não se poderia especular sobre outro plano de existência onde ela teria punições ou recompensas pelos seus comportamentos enquanto encarnada. Nisso, sobre a existência incorpórea, suposto está que a existência “espiritual” é que é a real.
E a existência corporal serve apenas para ser o invólucro (corpo) para a alma poder ser e se manifestar neste plano material e objetivo. Contudo, também, muitos vivem até morrer na certeza da existência de Deus, da alma, do céu dos falecidos e etc. Tudo isso é ensinado pelas religiões, pelos seus expoentes “credenciados” para isso, embora, sem mesmo eles nunca terem vivido as experiências extracorpóreas que ensinam a outros. Eles também aprenderam “o que sabem ou pensam saber”, provenientes de histórias do passado contidas em literatura sagrada. Então, muito fica pelo “faz de conta que é”.
Mas, os fiéis, devotos para aprender nunca duvidam do que lhes é ensinado. Por isso, suas certezas inculcadas por outros seguem confortáveis até suas mortes. Continuar a existir depois da morte é mesmo um conforto. Só é uma pena que a alma não possa comer um delicioso pudim, chupar sorvete, saborear uma boa feijoada com uma cerveja gelada, votar, transar gostoso e etc. (risos). Talvez, muitas almas até que apreciariam “desmorrer” para poder voltar a viver com os seus corpos para com eles poder usufruir dos seus anteriores prazeres terrenos, decepcionando assim, com seus retornos a terra, o anfitrião do céu (risos). Quanto aos mistérios da vida, os homens sempre se utilizaram da imaginação para não deixar em branco o conhecimento do destino final deles. Daí proveio à concordância quase geral sobre o existir de uma existência extraterrena para a morada dos desencarnados.
Altino Olympio