Dizem que o que uma pessoa é, é o que ela sabe. Então, os jovens são o que eles nada sabem (risos). Tinha uma música de carnaval de 1956 cantada por Joel de Almeida (1913-1993) que era assim: “Quem sabe, sabe, conhece bem. Como é gostoso gostar de alguém. Ai morena deixa eu gostar de você. Boêmio sabe beber. Boêmio também tem querer”. Os jovens por terem sido jovens ainda não tinham a experiência (o saber) de escapar das armadilhas do amor. Por causa disso quase todos ao se apaixonarem e se casarem, felizes viveram prisioneiros até o fim de suas vidas.
Parece que o amor não combina bem com a inteligência, com a evolução mental e etc. Era por isso que o cupido “atacava” os jovens ainda inexperientes, levando-os a serem vítimas da pandemia do amor. Li, não me lembro onde o seguinte: “Pode-se observar que entre todos os grandes homens (cuja lembrança perdure) não há nenhum que tenha chegado à loucura do amor; o que mostra que os grandes espíritos e os grandes trabalhos mantém afastada essa fraqueza”. Ai vem o filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900) que pra esculachar disse: “Às vezes um potente par de óculos e o suficiente para curar uma pessoa do amor”.
Mas, o que dizer dos idosos que já ficaram velhos (risos), os que ficaram viúvos? Pela idade deles acumularam muita experiência da vida. Não são mais como os jovens que se apaixonam à toa. Os idosos iguais a gatos e cachorros castrados são mais tranquilos, mais eles permanecem em casa. As mulheres não! São mais ativas. Muitas frequentam os bailes da chamada Terceira Idade cuja frequência masculina é muito escassa. Por isso mulher dançar com mulher é comum. Quanto ao amor, os homens idosos têm preguiça de se envolver com alguém, pois, ficam sem estímulo sensual.
Entretanto, muitas mulheres viúvas e idosas que ainda não estão velhas (risos) ainda estão propensas ao amor mesmo que seja um amor platônico. Muitas dizem querer alguém para ter companhia, para juntos viajarem e etc. mesmo que o companheiro não consiga mais o etc. Enfim, o amor que dominava e escravizava na juventude, com o passar do tempo perde o seu poder ou volúpia para se transformar em amizade, respeito e gratidão entre os casais por estarem unidos por muitos anos. E assim, o amor escravizador (risos) foi e é usado pela natureza para que os casais ao procriarem mantenham a reprodução da espécie humana.
Altino Olimpio