A solidão deveria significar “quando de fato nós somos nós mesmos”. Sermos alguéns sem ter ninguém para nos distrair daqueles momentos tranquilos de quando estamos mais conscientes de nós mesmos. Isto é, quando estamos mesmo presentes em nossos presentes. As distrações tiveram um início marcante quando ao ouvir com muita atenção aos programas de rádio, como era notório, isso já provocava, por momentos, “o se esquecer de si mesmo” nas pessoas.
Com o aparecimento da televisão tal distração de si mesmo foi mais “contagiosa”. Depois, com o advento da internet e do telefone celular com os seus aplicativos de diversos tipos de comunicação e excessos de informações, se acentuou mais o esquecimento do “si mesmo” de muitas pessoas.
A “falta de solidão opcional” para se ter pensamentos próprios ou reflexões que valham a pena, isso, facilita o aumentar do efeito manada no povo. Se bem que, nesta época tão ruidosa, tão repleta de vazios intelectuais em muitas pessoas, querer encontrar clareza mental nelas é difícil.
Atualmente, a falta de pensamentos próprios das pessoas é próprio das distrações em que elas diariamente se envolvem. “Absorventes” que são de tudo o que lhes são divulgado pelos meios incessantes de informações que nada têm a ver com as suas vidas. Infelizmente, nesta época é só no silêncio da Cidade de Necrópole que o atordoamento mental não chega (risos).
Altino Olimpio