De acordo com a psicologia de Jung, o inconsciente encontra-se
abaixo dos dois estados de consciência, o objetivo e o subjetivo. Ele
chamou a atenção para o fato de que podemos conhecer graus do
inconsciente, mas existem regiões dele que jamais poderão ser
conhecidas. É que nele existem fases tão profundas que afetam
nosso interior, mas que, jamais afloram ao nível de completa consciência
objetiva.
Existem quatro funções da consciência pelas quais podemos
tomar conhecimento das coisas, funções que podem ser cultivadas
e contribuir para a compreensão de nós mesmos como entidades humanas
e a compreensão da evolução da nossa natureza psíquica.
Essas funções estão mencionadas na psicologia básica
de Jung.
A primeira função da consciência é a sensação,
um atributo dela que nos diz que algo é. Pelo processo de nossas faculdades
sensoriais que registram impressões em nossa consciência objetiva,
a sensação nos revela que algo existe. A sensação
é apenas a constatação de que algo existe. Sem ela seríamos
entidades que estaríamos vivendo em literal escuridão. Não
teríamos qualquer consciência de que existem coisas exteriores
a nós.
A segunda função da consciência é o pensamento. Ele
é aquele atributo que nos diz o que certa coisa é. Em outras palavras,
o pensamento nos permite dar nome à determinada coisa. Ele acrescenta
um conceito à consciência, porque o pensamento é uma combinação
de percepção e julgamento.
A terceira função da consciência é o sentimento.
Ele é singular, distinto. Não podemos participar dos sentimentos
de outra pessoa. A partir de suas ações, expressões e palavras,
podemos saber que ela está sentindo-se feliz ou triste, mas não
podemos vivenciar os seus sentimentos em nossa consciência. O sentimento
é o atributo que nos possibilita atribuir valor às coisas. Permite
saber se certo estado de percepção é agradável ou
desagradável.
O sentimento nos faz julgar valores.
A quarta função da consciência é
mais complexa. Lembrando, a sensação nos revela que certa coisa
é. O pensamento nos diz o que tal coisa é. O sentimento nos revela
se tal coisa tem valor para nós, isto é, o seu valor. Essas três
funções, sensação, pensamento e sentimento, parecem
encerrar a experiência comum que temos através da consciência.
Porém, existe outra função muito importante da consciência,
a intuição que é a quarta função. Pela intuição
podemos atrair à nossa existência e percepção, conhecimento
que não poderia ser obtido pela sensação, pensamento, sentimento,
ou qualquer combinação deles. Ela, a intuição, freqüentemente
é comparável a um sexto sentido, além dos cinco que são,
visão, audição, tato, paladar e olfato. Se não fosse
a intuição, o homem seria o autômato que alguns biólogos
queriam nos fazer acreditar. Antes que a intuição se torne tão
comum como a sensação, o pensamento e o sentimento, o homem só
será três quartos de uma entidade inteligente completa, portanto
será incompleto. Finalizando, o ser humano atual pode expandir suas capacidades
plenas desenvolvendo a voz silente do seu eu interior, atributo conhecido como
intuição. O desenvolvimento dessa voz interior é para a
evolução do nosso “eu psíquico” conhecido como
sendo a mente da alma. Desse modo criamos possibilidades de termos acesso a
conhecimentos incomuns.