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13/01/06
Nosso Lado Invisível - Parte 3

De acordo com a psicologia de Jung, o inconsciente encontra-se abaixo dos dois estados de consciência, o objetivo e o subjetivo. Ele chamou a atenção para o fato de que podemos conhecer graus do inconsciente, mas existem regiões dele que jamais poderão ser conhecidas. É que nele existem fases tão profundas que afetam nosso interior, mas que, jamais afloram ao nível de completa consciência objetiva.
Existem quatro funções da consciência pelas quais podemos tomar conhecimento das coisas, funções que podem ser cultivadas e contribuir para a compreensão de nós mesmos como entidades humanas e a compreensão da evolução da nossa natureza psíquica. Essas funções estão mencionadas na psicologia básica de Jung.
A primeira função da consciência é a sensação, um atributo dela que nos diz que algo é. Pelo processo de nossas faculdades sensoriais que registram impressões em nossa consciência objetiva, a sensação nos revela que algo existe. A sensação é apenas a constatação de que algo existe. Sem ela seríamos entidades que estaríamos vivendo em literal escuridão. Não teríamos qualquer consciência de que existem coisas exteriores a nós.
A segunda função da consciência é o pensamento. Ele é aquele atributo que nos diz o que certa coisa é. Em outras palavras, o pensamento nos permite dar nome à determinada coisa. Ele acrescenta um conceito à consciência, porque o pensamento é uma combinação de percepção e julgamento.
A terceira função da consciência é o sentimento. Ele é singular, distinto. Não podemos participar dos sentimentos de outra pessoa. A partir de suas ações, expressões e palavras, podemos saber que ela está sentindo-se feliz ou triste, mas não podemos vivenciar os seus sentimentos em nossa consciência. O sentimento é o atributo que nos possibilita atribuir valor às coisas. Permite saber se certo estado de percepção é agradável ou desagradável.
O sentimento nos faz julgar valores.

A quarta função da consciência é mais complexa. Lembrando, a sensação nos revela que certa coisa é. O pensamento nos diz o que tal coisa é. O sentimento nos revela se tal coisa tem valor para nós, isto é, o seu valor. Essas três funções, sensação, pensamento e sentimento, parecem encerrar a experiência comum que temos através da consciência.
Porém, existe outra função muito importante da consciência, a intuição que é a quarta função. Pela intuição podemos atrair à nossa existência e percepção, conhecimento que não poderia ser obtido pela sensação, pensamento, sentimento, ou qualquer combinação deles. Ela, a intuição, freqüentemente é comparável a um sexto sentido, além dos cinco que são, visão, audição, tato, paladar e olfato. Se não fosse a intuição, o homem seria o autômato que alguns biólogos queriam nos fazer acreditar. Antes que a intuição se torne tão comum como a sensação, o pensamento e o sentimento, o homem só será três quartos de uma entidade inteligente completa, portanto será incompleto. Finalizando, o ser humano atual pode expandir suas capacidades plenas desenvolvendo a voz silente do seu eu interior, atributo conhecido como intuição. O desenvolvimento dessa voz interior é para a evolução do nosso “eu psíquico” conhecido como sendo a mente da alma. Desse modo criamos possibilidades de termos acesso a conhecimentos incomuns.


Altino Olímpio