Que vivam as crianças
Quando adultos sempre nos esquecemos que fomos crianças sem imaginar que crianças ainda somos quando acreditamos em quimeras. Isso indica que desejos e esperanças sendo impossíveis de se realizarem são utopias. Muitos devaneios são provenientes das fantasias, das ficções, das superstições, das crenças, das inverdades e das imaginações que “povoam” nas cabeças de muita gente. Enfim, tudo se resume em que todas essas abstrações ou imaginações são incompatíveis com os fatos de que as realidades do mundo não acompanham o mesmo padrão ou modelo que muitas pessoas mantêm em suas mentes.
Quando nos lembramos do que de fato nos existe neste mundo, nós cremos ou sabemos de suas existências. Ao contrário, quando em nada pensamos, nada nos existe a não ser a nós mesmos com nossa consciência. Nos momentos em que somos apenas nós mesmos, nós nos afastamos de tudo o que não nos dizem respeito ou, a tudo que não tem relação conosco. Mas, o ser humano comum ainda tem em si a curiosidade infantil do tudo querer saber (mesmo do que não lhe interessa) para preencher os seus dias sem reflexões sadias e próprias. É por isso que muitos, como crianças, acatam as fantasias, as superstições e as imaginações que são provenientes de outros, os entendidos.
Altino Olimpio