02/10/2006Solução Tarda, Mas, Ela Vem.Este tema é continuidade do anterior, “Pensamentos Viciados” e também pertenceu à mesma data do programa de rádio do dia 30-03-2000.
Se bem lembrado, foi o Albert Einstein que disse: “Tentando solucionar um problema, dedicando horas e horas a esse respeito, nada conseguia. Só quando me apartava dele, em momentos de total ociosidade mental, surpreendentemente, a solução do problema surgia”.
Isso é fácil entender. Esse tema importante é ensinado nas escolas de “ciências ocultas” onde, promovem exercícios para desenvolver a capacidade mental. Ao se pensar fortemente ou demoradamente num problema e o raciocínio não consegue resolvê-lo, mais tarde ou mesmo em outro dia, como surpresa, a solução aparece quando menos esperamos. A explicação é simples. Quando pensamos num problema e queremos mesmo uma resposta a ele, isso é um pedido, um comando sutil da nossa mente objetiva para o nosso subconsciente responder. Isso ele faz quando estamos esquecidos do problema e nossa mente está despovoada das preocupações de resolvê-lo. Estarmos distraídos com outras coisas ou na ociosidade, sem percebermos, isso é deixar livre o “canal” que o subconsciente se utiliza para se comunicar com o nosso estado objetivo ou consciente. As respostas ou soluções que nos surgem parecendo “vindo do nada”, nós a entendemos como sendo intuição. Pensador é aquele que intensamente concentra-se num problema e dele se esquece e, em momentos de desconcentração, inesperadamente, a solução do problema aparece como uma iluminação da mente.
Intuição, esse lapso de lucidez premia a todos. Quem escreve já percebeu isso, pois, quando uma palavra ou frase não aparece para a necessidade de um texto a ser escrito, esquecendo-se dele em meio a outro afazer qualquer, é quando a palavra ou frase necessitada surge espontaneamente. No cotidiano temos muitas dessas experiências. Às vezes não conseguimos lembrar o nome de alguém ligado a algum fato que queremos discutir numa conversa. Nos esforçamos e o nome não é lembrado no momento que queremos. Depois de algum tempo ainda durante a conversa ou, só apenas depois dela terminada, o nome que queríamos lembrar ressurge na nossa mente. A repetição da prática de buscarmos no nosso íntimo as soluções para nossos problemas, robustece nossa fé na capacidade subconsciente que temos para auferir conhecimentos, independentes dos outros. Assim, nos conhecemos mais e tornamos nossas vidas mais criativas e produtivas. Nosso viver terá a independência das verdades dos outros, aquelas que obtiveram através de seus intelectos ou raciocínios “conscientes” ou materiais, que, não são confiáveis como confiáveis são, as verdades traduzidas pelo subconsciente que, é o “canal” direto com as energias que mantém a vida e o mundo.
Altino Olímpio