Já disseram que a vida apenas é momentos existentes
no tempo. E o tempo de cada um é o período do nascer ao morrer.
Entre o nascer e o morrer nós nos vamos programando, isto é, nos
vamos condicionando conforme sejam nossas hereditariedades, nosso convívio
familiar e muito pelas influências externas do ambiente onde nascemos,
condicionados só pelo mesmo se nele permanecermos até o fim da
vida ou pelos outros ambientes onde possamos nos mudar para morar. Quando pensamos
sobre quem nós somos, primeiro pode aparecer na mente o local onde estamos
e moramos. Em seqüência, nos vemos como sentimos que somos entre
nossos familiares, parentes, amigos e todos os conhecidos dos nossos relacionamentos
amistosos. Nos vemos em nossos entretenimentos preferidos, nos vemos na profissão
ou trabalho que exercemos perante a sociedade, nos vemos na nossa religião
se tivermos uma e, tudo isso e mais, corrobora para a constituição
de nossa personalidade assim percebida por nós mesmos, como também,
possa igual ou parecida ou, como queiram, ser percebida por outros.
Nós vivemos nas personalidades que as subseqüentes
circunstâncias nos criaram. Nosso modo de expressar opiniões sobre
o certo ou errado, o bom e o ruim, o bem e o mal, está incutido no que
determina a formação de nossa personalidade. Lembrando, na personalidade
que se formou devido ao condicionamento pelo seu local de nascimento, pelo seu
condicionamento familiar, ambiental e, pelas influências externas, como,
estudos, profissão, religião, informações jornalísticas,
radiofônicas, televisadas e outras. Então, muito mais que nossas
hereditariedades, nossas personalidades são os “frutos” do
meio em que vivem e o meio é quem dita as suas verdades, direciona o
nosso costume, comportamentos, opiniões e o nosso padrão para
“ver” e viver a vida. Diante de tudo isso, somos o que somos sem
percebermos que o que somos, assim nos constituímos mais por circunstâncias
alheias à nossa individualidade. Neste fato, o homem quando pensa em
quem e como ele é, nem imagina que, o poder das circunstâncias
é que é o que e como ele é, não só sendo
ele mesmo que por si mesmo chegou a ser o que é e como é.
Nascendo e morando numa cidade qualquer de um país,
associando-se a seus padrões vigentes de vida e as suas tradições,
um homem pode criar para si, suas convicções de moral, política,
religião e tudo o mais que esteja de acordo com o que a sua consciência
aceita como razoável para seu estilo de vida. Não seria incomum
tal homem repudiar os costumes, a moral, as tradições e as religiões
de outros povos, como sendo irracionais para um bom método de vida. Se
for democrático o país onde ele vive e sua religião dominante
for cristã, nunca tendo estudado ou vivido sob o jugo de outros regimes
e nem sob o jugo de outras religiões, o homem poderia considerar o regime
de seu país e sua religião dominante como sendo mais coerentes.
Isso, devido ao condicionamento que as circunstâncias lhes impuseram até
então e ele as tenha acatado sem esgueirar-se das sugestões ou
influências que, redundaram no promover de seu paradigma de vida da cidade
e do país onde vive. Escapar dessa situação de “mente
restrita”, mesmo muito se querendo, não é fácil e
não é para qualquer um.