Dizem que é bom ter amigos. Tem gente de poucos e
tem gente de muitos. Também, tem gente que só tem um amigo. Um,
poucos ou muitos, a diferença fica apenas no quanto de nosso tempo eles
nos roubam. Quem mais tem, menos tempo tem para cuidar da sua vida. Para aqueles
sempre carentes de companhia, alguém de confiança para confidências,
um amigo pode ser uma “bengala” para se apoiar. O problema é
que um fica sabendo tudo do outro num ficar de “rabo preso” que,
se houver uma ruptura da amizade, um pode ficar apreensivo com o outro devido
aos segredos que ele sabe. O delatar deles e outros motivos, podem transformar
amigos em inimigos ferrenhos. Dizem mesmo que o pior inimigo é aquele
que foi o melhor amigo. Mas, vamos filosofar um pouco. Tem atitudes de pessoas
que nós repudiamos. Algumas condutas nos são tão infames,
tão imorais, tão desprezíveis, tão indignas de um
ser humano ser ou praticar que nós o desprezamos e não o queremos
como companhia, principalmente em público porque... “O que não
poderiam dizer se nos vissem juntos, poderiam pensar que somos iguais”.
Pasmem todos, porém, tem gente que “odeia” tudo isso nos
outros, contudo, numa boa aceita e convive bem com uma pessoa amiga, portadora
dos mesmos defeitos condenáveis nos outros que não lhes são
íntimos. Essa hipocrisia tem um nome: moralista cara-de-pau. Duro é
o fingir pra si mesmo, proteger a pessoa amiga como se dela nada se soubesse
para não “comprometer” a reputação diante da
sociedade. Tudo em favor da conveniência que possa existir numa amizade
íntima e o resto... “Ninguém tem nada a ver com isso”.