Nós desta página ou coluna “Reflexões
e Devaneios” deste Jornal “A SEMANA”, estamos afastados dos
assuntos mais discutidos deste nosso cotidiano.Sabemos, nossos assuntos não
são do agrado da maioria. Sabemos de uma minoria que os aprecia e é
mais para ela que continuamos a escrevê-los. Também, sobre nossos
temas, com certeza existem nesta região pessoas mais qualificadas para
descrevê-los e este jornal está à disposição
de quem assim o desejar. Não sabemos porque poucas pessoas aventuram-se
a escrever. Falta de tempo, medo de se expor, medo de críticas, medo
de criar polêmica, receio de demonstrar um idioma português pobre,
só escrever se for pago para isso, e etc. Vários são os
motivos, mas, ninguém pode criticar quem não tem interesse de
escrever. Se todos escrevessem, todos teriam interesse e tempo para lerem o
que outros escrevem? Mesmo quem gosta de escrever, sabe que é mais confortável
ler do que escrever. Para escrever é preciso pensar e é muito
mais demorado do que ler, quando lendo já se vai pensando, entendendo,
concordando ou discordando. Não ler o que não interessa ou interromper
qualquer leitura é uma prerrogativa de todos os leitores.
Alguns leitores se irritam ao sentirem violados seus princípios ou conceitos
contrariados num escrito, encarado ele como um desafio para eles e por isso
se ofendem. Porém, conceitos diferentes ou antagônicos, são
úteis para confrontá-los com os que se possui para mantê-los
mais firmes ou modificá-los se na comparação os outros
conceitos são mais sustentáveis.
É comum um leitor se defrontar com um assunto desconhecido.
Tal assunto por ser-lhe incompreensível pode provocar uma reação
negativa contra o autor do mesmo. Sua reação pode ser o esboçar
de sua opinião considerando um disparate o que leu e não entendeu.
Temas incompreensíveis na proporção que vão sendo
assimiláveis provocam o expandir da consciência para facilitá-la
compreender melhor temas outros até então incompreendidos.
E assim, nós desta coluna do jornal “Reflexões e Devaneios”
indo contra a correnteza de tudo o que é corriqueiro, inserimos assuntos
provocadores de pensamentos para quem gosta deles.
Misto de místico e filósofo, um autor já
falecido escreveu isto: “Um dos obstáculos que se opõe àqueles
que procuram libertar-se vem de que a existência da humanidade, neste
planeta, tem um propósito definido, e esse propósito não
seria atendido se mais de uma certa percentagem de pessoas atingisse níveis
de existência extraordinários. De fato, o fluxo de substâncias
que vem dos níveis mais elevados para o nível mais inferior, seria
gravemente rompido se o nível geral da consciência da humanidade
tivesse que mudar”.
Isto é um enigma para aqueles só conformados com seus fatos conhecidos
sem se esforçarem para avantajarem suas consciências refletindo
e decifrando fatos ainda desconhecidos. Entretanto, mesmo se for discordante,
não é um enigma para aqueles mais habituais a pensar sobre o tão
marcante desnível mental da população.