Parece que todos que vivem
Vivem aprisionados em seus corpos
Se são o que são ou como são
Não foi porque se deixaram prender
Tudo foi devido ao se nascer
Mas ninguém se nasceu, nasceram eles
Parece que quem nasce não pede pra nascer
Vem a existir como consequências
De um ato de prazer chamado de sexo
Praticado por um homem e uma mulher
No mais das vezes tendo como prioridade
Apenas o prazer da satisfação sexual
E em tal excitação sensual emocional
O desejo de ter filhos nem é presente
Mas nessa armadilha da natureza (risos)
Para a reprodução da espécie
Consequentemente os filhos vem
Eles não sendo totalmente eles
Eles são a hereditariedade ou herança genética
Ou tendências adquiridas de seus pais
Se assim for nós não nascemos originais
Sendo nós mesmos sem tais tendências
Quanto ao viver sem ter pedido pra nascer
A imaginação humana foi muito fértil
Em pensar que o nascer é um renascer
Ideia esta da necessidade de reencarnar
E nesta vida somos prisioneiros sim
Da incapacidade de comprovar isso
E todas as ideias que nos são impostas
Que ficam sendo como disputas ou apostas
Se são verídicas ou não para este nosso viver
Desde quando viemos pra cá por um acontecer
Altino Olimpio