O planeta Terra não é independente, pois, sua posição no espaço depende da atração exercida pelo Sol, uma força conhecida como gravitação. O ser humano, por sua vez, sobrevive e convive dependente da Terra. Para se manter existindo necessita dos meios com que ela dispõe. Podemos imaginar nosso pensamento como independente, entretanto, também ele é dependente. Só aparentemente sua independência é real. Ele depende de associações com o que existe para adquirir suas compreensões e avaliações. Também é dependente de suas limitações até a fronteira onde o ultrapassar por ela lhe é transcendental. Pode-se pensar que o pensamento é independente quando está a penetrar pelas abstrações, mas, mesmo assim, não deixa de ser dependente porque, necessita de comprovações a serem entendidas para serem transpassadas a outros, isto é, é dependente de conceituar as abstrações e elas não são conceituáveis para serem generalizadas. O pensamento para sua maior lucidez depende da compleição sã ou normal de um ser humano para poder desempenhar sua incumbência com coerência. Contudo, o pensamento de um ser assim qualificado pode não querer se envolver com divagações imponderáveis. Parece mesmo não existir independência em nada do que existe. Tudo está interligado numa dependência mútua e universal. Nós é que somos iludidos com uma separatividade ilusória e nos pensamos mental independente. Basta refletir com alguma profundidade para se perceber isso. Considerando pensamento como consciência, ela também é limitada pela constituição humana por onde habita, isto é, depende de como progrediu ou não no corpo que a manifesta, não sendo por isso, independente.