09/07/2018
Zumbido nos ouvidos

Quando criança ainda eu já havia sentido zumbido nos ouvidos. Primeiro ao ouvir muito próximo o estouro de bombas, aquelas detonadas mais nas festividades juninas daquela minha época infantil. Depois ao receber um tapa na cara dado por uma das “minhas professoras” do então curso primário. Esses zumbidos, como os que me foram provocados externamente, eles repercutem por certo tempo como um assobio e depois silenciam. Ainda bem! Entretanto, quando adulto e lá pela maturidade de quando já se está aposentado, sem mais e sem menos, o zumbido reaparece mesmo sem ter tido provocado por ruídos altos ou estouro de bombas. Ele não é alto igual aquele assobio descrito acima de quando eu era criança. Mas, ele é persistente, ininterrupto, quase imperceptível durante o dia. Mas, à noite antes do adormecer ele se torna bem audível. Qual seria o diagnóstico “científico” de sua causa?

Pasmem! Lá no You Tube da internet existem vídeos donde vários especialistas conseguiram diagnosticar esse barulhinho interior, o zumbido. Tais especialistas que tanto adoram repartir sabedoria “gratuitamente”, uns afirmam que quem tem tais ruídos no interior dos ouvidos são paranormais e não sabem. Interessante! Faz anos que convivo com tais zumbidos e não sabia disso (risos). Meu irmão também tinha e meu pai que morreu aos oitenta e um ano de idade também era um paranormal e nunca soube disso, coitado (risos). Na explicação de tais entendidos (e na internet tem muitos) o zumbido significa que a glândula (não confundir com o gandula que busca as bolas que saem do campo nos jogos de futebol) pineal está em processo de desenvolvimento.

O filósofo Renê descartes (1596-1650) acreditava que a pineal era a sede da alma. E, os especialistas de zumbido em questão também estão a dizer que ela, a glândula pineal é intermediária entre este mundo e o mundo espiritual. Puxa-vida! Eu pensava que os ruídos nos meus ouvidos fossem algum defeito físico que logo iriam me tornar surdo. Mas não! É a minha pineal que está se desenvolvendo. Viva, aleluia! Mesmo que eu chegue aos oitenta, aos noventa e aos cem anos de idade meus zumbidos continuarão sendo a comprovação de que minha pineal está evoluindo mesmo que eu morra sem saber (risos). Agora vou tratar, ou melhor, vou ouvir os zumbidos com mais carinho e gratidão.

 

Altino Olympio



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