14/03/2009
Falência Humana


Nestes dois mil e nove anos do advento do cristianismo ainda repercute a idéia do ser humano ser o ápice da criação. Como piada isso é mesmo engraçado, pois, provoca risos. O caos existencial prepondera por todas as regiões do planeta. O ser humano é como um computador registrando tudo o que mentalmente absorve. Sua existência é concomitante com o “programa” lhe tido instalado, isso, entendido aqui como condicionamento. A Mídia sendo o maior exército de guerra psicológica do mundo tem sido a propagadora e propagandista dos desvarios, estes, cada vez mais intensificados como “isso faz parte dos procedimentos humanos” tornados comuns e o pior, já tratados como esperados, admissíveis e normais. Caráter, moral e honestidade, até como palavras estão sendo pouco usuais. Esse condicionamento geral promoveu a “cultura” da violência e das aberrações humanas. Neste país mais movido por religião, futebol e cerveja, a ausência das podridões das condutas humanas diariamente promulgadas, tal ausência nos meios informativos tornaria a vida de muitos um tédio insuportável. Suas adaptações a esse sistema alienador de intelectos fracos, acessíveis e coniventes foram um sucesso. O condicionamento ou programação em massa resultou na incidência maior de idiotas pelo mundo a superar em quantidade os sensatos mais racionalmente equilibrados. Parecemos estar repetindo a época da história de Sodoma e Gomorra quando a perversão exerce seu domínio indiscriminadamente. Doa a quem doer, em grande quantidade homens e mulheres emputeceram. Meios para isso são facilitados “legalmente”. A “onda” do sexo virtual lidera pelos contatos humanos à distância. Incontáveis mulheres, inclusive muitas vovós são adeptas a essa prática tão contagiante e viciosa. Na verdade sexo virtual não existe. Existe sim masturbação simultânea por telefone ou pela conexão com a internet quando pode ser digitável ou, mais atraente, por intermédio de pequenas câmeras de televisão acopladas no computador quando os participantes do conluio sensual se despem de suas roupas, exclamam palavras pertinentes ao coito e ambos masturbalmente se realizam sexualmente. Como se enfraquece um povo? Adulterando sua linguagem, retirando-lhe o conceito de nação, destruindo sua memória, destituindo-o do pudor, massacrando-o com informações e culturas inúteis, disseminando-lhe infindáveis divertimentos e competições, estimulando-lhe o consumo, o individualismo, a vaidade, a perda da capacidade de se indignar, a fixação por sexo, as teorias utópicas sobre outra existência invisível e etc. Quem se enquadra numa dessas ou mais alienações e não suspeita dessas induções que o vitima, ainda pode se julgar como sendo livre e arreganhar os dentes num sorriso de felicidade ilusória. Os infelizes conscientes disso estão privados dessa compensação.


Altino Olímpio

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