23/08/2010Mensagem entre amigosRapaz, se alguém diz por ai que sou louco devo pensar que tem razão sim. Com todo o interesse reli o texto "Vazio da Existência" do Schopenhauer e não é que me deu ataque de riso. Não devia ter tido essa reação ao ler algo tão sério e que se refere a nossa existência. Mas, o filósofo me faz olhar para as pessoas como se todas fossem doidas (risos). A vida, na verdade ela é uma "pegadinha". Platão pergunta: "tornar-se continuamente e nunca ser, isso é a vida?" É mesmo, as pessoas procuram evoluir para um estado de ser só para continuar a nada ser (risos). Para as pessoas, os presentes são os preparos para o que se quer ser num futuro como se ele estivesse demarcado em algum lugar do tempo. Que nada, esse futuro imaginário quando chegar ele também poderá ser um presente ainda preparatório para outro futuro mais distante e assim sucessivamente (risos). Vivendo-se o presente pensando no futuro não se vive o presente. Mais aconselhável é sempre se viver no presente, mas, ele não é estático. Tudo o que nele ocorre imediatamente se transforma em passado. Os presentes são apenas momentos ininterruptos de percepção da consciência e a seguir deixam de existir igual às coisas que não existem. O que passou, passou, e fica somente na memória. Não existe mais. Mesmo assim flui no pensamento distraindo o homem do seu presente até tornando-o alheio as circunstâncias a sua volta. Sendo assim, pode-se dizer que ele não tem alguns momentos conscientes de seus presentes. O homem é prisioneiro das coisas que não existem a interferir com as que existem. "Todos dormem" disse o Gurdjieff. “A vida é um beco sem saída” (Pedro Nava). Bem, vou parar por aqui. Vou ficar na janela “olhando” o presente e tentar não me separar dele, se é que isso é possível (risos). Bem, dormir, comer, fazer cocô e dar risada, só mesmo essas coisas são sem as divisões do tempo. Existiram no passado, existem no presente e existirão no futuro e sempre sendo iguais (risos). Então, o resto é só o resto.
Altino Olimpio
Altino Olímpio