Na parte oito deste tema “batemos numa tecla”
um pouco delicada. Alguns assuntos não sendo triviais como tantos desta
época, provoca nos inaptos a eles, censura pelo que não entendem
ou duvidam. Suas críticas pejorativas, mesmo só sendo em pensamento,
não devem ser levadas em consideração, pois, temos simpatizantes
aptos a assimilarem o conteúdo dos assuntos que possam lhes ser favoráveis
para ampliarem seus conceitos. Já os possuindo, podem confrontá-los
com outros no que lêem, decidindo aceitar ou rejeitar se lhes são
contrários e como quiserem. Nos nossos escritos, nós contribuímos
com assuntos não tão comuns, diferenciados de tantos outros rotineiros
e sem nada acrescentar de inovação útil para muitos.
Retornando ao tema em questão, cerca de trinta anos
passados, um estudioso de misticismo viveu uma experiência psíquica
surpreendente. Com insistência desejou muito um acontecimento inusitado
para comprovar alguma teoria inserida nos ensinamentos que havia adquirido.
Naquele “querer é poder”, numa noite ele atraiu para si o
acontecimento de uma experiência desejada. Qualquer que fosse lhe era
indiferente.Importava-lhe mais comprovar a veracidade de outros fatos existentes
e separados das realidades concretas de suas percepções conscientes.
Sua experiência psíquica com um início agradável
teve um fim terrível, porém, sentiu alegria ter-lhe acontecido
e ser-lhe comprobatória, assim como queria.
Pertencente a uma Fraternidade Mística e Filosófica,
numa carta dirigida a ela o estudioso expôs sua experiência solicitando
alguma explicação sobre ela. Respondendo a ele e dentre algumas
explicações possíveis para a experiência, uma delas
insinuava uma plausível projeção da própria mente,
isto é, a experiência pode ter sido originada interiormente e a
mente projetou-a para fora se fazendo “visível”.
“Projeção da mente?” Pensou o rapaz
“Como poderia ter sido isso se logo acordado me certifiquei estar bem
consciente quando vi aquelas cenas. Como poderiam ter sido originadas na minha
mente se nem estava pensando nelas antes de acordar para vê-las?”
Naquela ocasião ele não sabia o que vinha a ser uma projeção
da mente. A mente às vezes prepara alguns “truques” e eles
podem nos enganar fazendo-nos pensar ser real alguma imagem ou alguém
que vemos sem eles existirem de fato. Alguns alcoólatras vêem bichos
horríveis e, no entanto só existem para eles.
No circular de uma fita contendo fotografias sucessivas entre
os componentes de um projetor de filmes, ao passar pela sua lente de ampliação,
as imagens são projetadas numa tela. O aparelho projeta as “imagens”
contidas nas fotografias e não as próprias que, não saem
dele e continuam circulando por ele. Na tela de cinema, vemos cenas que se desenrolam,
parecendo mesmo originadas na tela onde as estamos vendo e concentrados no filme
esquecemos da existência do projetor. Isto ilustra alguma semelhança
com a “teoria” da projeção da mente. Não é
tão rara como se imagina, a ilusão de “ver” do lado
de fora algo que está por dentro, que, talvez, deslocado do subconsciente,
seus estímulos surtam algum efeito nos órgãos internos
da visão e o cérebro iludido os traduz e os reproduz como sendo
externos vistos pelos olhos. Ainda estamos no “talvez” porque, é
óbvia a nossa ignorância sobre os efeitos subliminares.Aquela máxima
“ver para crer” é para quem crê no que vê, independente
de outros que não possam ver o mesmo.