A consciência é um atributo singular e distinto
no ser humano. O desenvolvimento do que se tornou conhecido como “psicologia
profunda” foi a mais séria e bem-sucedida experiência de
averiguar a faculdade conhecida como consciência humana. Em muitas de
suas teorias, a Psicologia Profunda se baseia nas conclusões de muitas
escolas de pensamento sobre a natureza, propósito e função
da consciência inerente ao ser humano. Naturalmente, existem controvérsias
sobre o tema. Como exemplo, o Behaviorismo refuta a idéia de que a consciência
seja uma qualidade anímica, isto é, pertencente à alma.
Entende que a consciência é apenas uma sucessão de reações
reflexas que são respostas básicas do sistema nervoso reagindo
a estímulos.
A psicologia de Gustav Karl Jung é um sistema psicológico
que trata dos problemas fundamentais do ser, embora, também, seu sistema
esteja relacionado com ciência, religião e filosofia. Toda abrangente,
a psicologia de Jung se constitui numa ciência do mecanismo ou processo
de funcionamento da psique. Por “psique” ele significava “a
totalidade de todos os processos psicológicos, tantos conscientes como
inconscientes”. Isso é quase sinônimo do conceito popular
do “ego” que em outras terminologias é o “Eu”
subconsciente, diferenciado do “Eu” consciente.
Nesta época há uma indisfarçável
compulsão de tornar generalizados os valores, de se preocupar com o todo,
seja com respeito à civilização, seja com respeito à
tecnologia e esta, de certa forma, perdeu a ligação com a “alma”
do ser individual. Embora os sistemas políticos tendam a subordinar o
valor do indivíduo restringindo-o a um nivelamento comum, é importante
cada um manter seu desenvolvimento individual independente e diferente do “desenvolvimento”
das massas. O desenvolvimento individual somado de indivíduo para indivíduo
deveria ser o preferido para a evolução da humanidade. Nesse contexto
Jung disse: “Essa transformação, porém, só
pode ter início com o indivíduo, pois as massas são bestas
cegas”.
Se o indivíduo se transformar e se elevar até
a consciência do poder de sua psique, compreenderá que possui uma
fonte à qual pode recorrer. Pelo desenvolvimento da consciência
de seu Eu Imaterial ele seria o que as religiões têm chamado de
“Semelhante a Deus”, o mesmo que, “Da mesma natureza do Ser
Divino da qual ele procedeu”.
A tarefa da cultura a se expandir para o futuro da humanidade é responsabilidade
e obrigação do indivíduo. Geralmente a sociedade é
inferior ao indivíduo, fato mencionado por Jung que, a sociedade tende
mais a agir como animal que como ser humano, como entidade inteligente.