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25/05/2006
A Psique Humana – Parte 1

A consciência é um atributo singular e distinto no ser humano. O desenvolvimento do que se tornou conhecido como “psicologia profunda” foi a mais séria e bem-sucedida experiência de averiguar a faculdade conhecida como consciência humana. Em muitas de suas teorias, a Psicologia Profunda se baseia nas conclusões de muitas escolas de pensamento sobre a natureza, propósito e função da consciência inerente ao ser humano. Naturalmente, existem controvérsias sobre o tema. Como exemplo, o Behaviorismo refuta a idéia de que a consciência seja uma qualidade anímica, isto é, pertencente à alma. Entende que a consciência é apenas uma sucessão de reações reflexas que são respostas básicas do sistema nervoso reagindo a estímulos.

A psicologia de Gustav Karl Jung é um sistema psicológico que trata dos problemas fundamentais do ser, embora, também, seu sistema esteja relacionado com ciência, religião e filosofia. Toda abrangente, a psicologia de Jung se constitui numa ciência do mecanismo ou processo de funcionamento da psique. Por “psique” ele significava “a totalidade de todos os processos psicológicos, tantos conscientes como inconscientes”. Isso é quase sinônimo do conceito popular do “ego” que em outras terminologias é o “Eu” subconsciente, diferenciado do “Eu” consciente.

Nesta época há uma indisfarçável compulsão de tornar generalizados os valores, de se preocupar com o todo, seja com respeito à civilização, seja com respeito à tecnologia e esta, de certa forma, perdeu a ligação com a “alma” do ser individual. Embora os sistemas políticos tendam a subordinar o valor do indivíduo restringindo-o a um nivelamento comum, é importante cada um manter seu desenvolvimento individual independente e diferente do “desenvolvimento” das massas. O desenvolvimento individual somado de indivíduo para indivíduo deveria ser o preferido para a evolução da humanidade. Nesse contexto Jung disse: “Essa transformação, porém, só pode ter início com o indivíduo, pois as massas são bestas cegas”.

Se o indivíduo se transformar e se elevar até a consciência do poder de sua psique, compreenderá que possui uma fonte à qual pode recorrer. Pelo desenvolvimento da consciência de seu Eu Imaterial ele seria o que as religiões têm chamado de “Semelhante a Deus”, o mesmo que, “Da mesma natureza do Ser Divino da qual ele procedeu”.
A tarefa da cultura a se expandir para o futuro da humanidade é responsabilidade e obrigação do indivíduo. Geralmente a sociedade é inferior ao indivíduo, fato mencionado por Jung que, a sociedade tende mais a agir como animal que como ser humano, como entidade inteligente.


Altino Olímpio