Terra da igualdade
No que se refere aos costumes, sempre esteve a acompanhar os de qualquer localidade. Antigamente os namoros se iniciavam ao andar de mãos dadas e só depois de uns meses o beijo na boca era permitido pelas moças. O tempo passou e os costumes se sofisticaram. Namoros, mãos dadas e beijos na boca se tornaram de pouca satisfação. Num local a ser freqüentado só por jovens, à noite e aos fins de semana, eles se reúnem para seus bailes modernos com músicas modernas. Dizem que as músicas refletem bem a evolução mental de um povo numa devida época e nesta dá pra perceber isso. Mas, que música que nada! Nos cantos mais escuros do recinto, mesmo sendo percebido por outros, a carência infantil de não ter chupado pirulito se manifesta. Alguns rapazes deixam os deles à mostra e algumas moças se deliciam. Prevenidas, elas levam consigo em suas bolsas, pasta e escovas de dente para o depois do prazer bocal, que, pode deixar algum resíduo a diferenciar os seus hálitos. Essa prática chamada agora de boquete está revolucionando os costumes. Antigamente víamos cachorros e cadelas fazendo sexo pelas ruas diante de outros cachorros e as vistas de qualquer ser humano que quisesse ver. Nunca teríamos imaginado que os seres humanos viessem a fazer o mesmo em público. Que falta de imaginação, não? Quando se era jovem se ouvia dizer que masturbação era pecado. Hoje produtos para essa prática existem à venda para jovens e até para vovôs e vovós. Quanto aos cachorros e as cadelas, muitos são gratos a eles por ensinarem que o sexo é uma arte ou paixão popular, que, não pode ser oculta ou dificultada entre o povo. Cachorrolar-se ou cadelaiar-se fazem bem para o cultivo da nova moral em substituição da antiga tão prejudicial à democracia e da evolução humana.
Altino Olympio