10/04/2006
O Morro das Placas de Ouro

Os homens são possuidores de capacidades de com a cabeça viver em mundos completamente irreais. Alguém diz ter tido uma visão e baseado nela, atrai para si os de sempre sugestionáveis que existem em todas as épocas. A “visão” quando detalhada, no mais das vezes, é um delírio e uma ofensa à integridade humana, uma disparidade, uma aberração contra a inteligência de homens de discernimento.
Por volta de 1820 um homem “teve uma visão” cujos detalhes dela é conhecido. O homem daquela visão considerou-se um profeta e em 1827 fundou uma religião que ainda perdura e em 2027 completará dois séculos de existência. Essa religião permitiu a poligamia até 1887 quando uma lei americana a proibiu. Muito mais difundida e praticada num dos Estados dos Estados Unidos, ela também foi exportada para o Brasil. Aqui, muitos prosélitos brasileiros aderiram a ela.

A história dessa “nova religião” é contada num livro considerado como uma imitação da Bíblia. Haja paciência para ler o livro, pois, mesmo entre seus adeptos, muitos ainda não o leram. Se leram será que entenderam? Se entenderam, será que acreditaram tudo como verdade? Se acreditaram, suas “verdades” foram motivos para continuarem? No livro, muitas e muitas páginas foram dedicadas à disputa entre dois irmãos cuja distensão por causa de ideais diferentes separou-os, cada um sendo líder de seus simpatizantes seguidores. Guerreando-se, promoveram muito jorrar de sangue, tudo em nome do ideal religioso de suas preferências. No livro, o Deus de Israel é chamado de “O Senhor dos Exércitos”. Em nome dele, eram permitidas invasões, saques e destruições, isso tudo, entendido literalmente, certo?
Um dos irmãos da história, através de visões, cerca de seiscentos anos antes de Cristo, já sabia que no quarto século depois da vinda Dele, alguns livros seriam retirados da Bíblia. Foi motivo para chamar de “a grande prostituta da terra”, a primeira igreja do cristianismo antes mesmo dela existir.

Essa disputa por preponderância religiosa, já tinha tido início na época de Martin Lutero com o protestantismo contra o catolicismo e vice-versa. Documentados, os detalhes dessa história são conhecidos e como nossas religiões são importadas, quando aqui implantadas, já possuem em seu bojo suas características para serem disseminadas e repetidas. Voltando ao livro, o considerado uma imitação da Bíblia, mais no final dele, a adoração por Jesus é igual à de outras facções cristãs. Também é bom lembrar que os fatos narrados no livro foram retirados dos escritos inseridos em placas de ouro, encontradas num morro próximo à cidade de New York, sendo o local indicado por um anjo quando da visão tida por aquele “profeta” daquela religião fundada em 1827.
Contudo, quem tem interesse ou curiosidade por saber mais sobre o assunto aqui sucintamente exposto, pode procurar na Internet pelo nome “mórmon” onde ele é exaustivamente explicado. Democraticamente, os prós e os contras estão disponíveis. Sempre é bom tentar conhecer ou pesquisar antes, tudo o que surge para provocar o nosso interesse.


Altino Olímpio

Leia outras matérias desta seção
 » Várias crônicas para distração
 » Nossos mentores invisíveis
 » Não dá para dispensar os pensamentos
 » Para descontrair
 » Noite emocionante
 » Correspondência antiga entre dois amigos
 » Diversas crônicas Altino
 » É bom viver no silêncio da Solidão?
 » Frases instrutivas
 » Quando nós nos sentíamos importantes
 » Todos têm seus tempos 
 » Pensamentos e mais pensamentos 
 » Quando nós somos nós mesmos?
 » O que será que ainda vai nos acontecer?
 » Pensamentos esparsos
 » Imitando Fernando Pessoa
 » Parafraseando Charles Chaplin
 » O mundo se descortinava na escada
 » Nascer é o substituir do que está a morrer
 » Antigamente se dizia que a vida já era uma escola

Voltar