A evolução ou estagnação humana
Hoje, como se sabe, a maioria das pessoas mais vivem sem se preocuparem com suas evoluções mentais ou espirituais. São tidas como sendo pessoas comuns que vivem desinteressadas em adquirir conhecimentos que estejam além daqueles simples que são generalizados. Entretanto, existem aqueles que ingressam em sociedades secretas (ou discretas) e filosóficas buscando o evoluir de suas consciências. Para tanto, também leem livros baseados em misticismo, esoterismo, ocultismo, espiritismo e etc. A busca do conhecimento pode causar o viver por si mesmo e o distanciamento dos demais que não têm os mesmos interesses na vida.
O caminho da busca do conhecimento ou da expansão da consciência, para muitos pode terminar no “para nada serviu“ como aconteceu com o Pedro Nava (1903-1984) médico, escritor, poeta e memorialista brasileiro. Ele participou de uma entrevista no programa Roda Viva da TV Cultura e num forte realismo de sua argumentação confrontou seus interlocutores com muita ênfase assim: “Não adianta, não adianta, a vida é um beco sem saída” Como exemplo ele disse: “A vida é como o farol de um carro, mas, ao invés de iluminar para a frente, ele ilumina para trás”.
Com isso quis significar que toda experiência tida no passado, em quaisquer de nossos presentes em que ela poderia ser útil, ela já não serve, porque tudo mudou, tudo se modificou. Pedro Nava teve suas razões para essa sua conclusão, que aqui, nos convida para reflexões. Refletir, às vezes se esbarra nas consequências que a viver nos produz, entretanto, poucos se dedicam a meditar sobre o que ocorre ou possa ocorrer nas suas vidas. O mesmo não ocorreu com o pensador Pedro Nava, que, logo depois de ter recebido um telefonema do qual ninguém soube sobre do que se tratava, ele saiu de casa e se suicidou.
Altino Olímpio