Sabe que ando me policiando muito, pois, pensamentos me remetem ao passado todo o tempo. Tenho sempre que estar a me reprogramar, focar no presente, pois, dizem os entendidos que isso não é bom.
“Sei lá, só sei que dá uma saudade danada...”
Essa mensagem acima eu recebi por ‘e-mail’ de uma amiga que é da minha estima. Consigo imaginá-la envolta em seus pensamentos distraída do presente e passeando pela saudade do passado. Pela sua mensagem senti-a melancólica e respondi-lhe assim:
Amiga, os presentes são os dias a passarem parecidos com o quase nada ter para nos impressionar com fatos bons para serem memoráveis. Talvez por isso, nossa mente descontente busca refúgio lá no passado. Lembrando, quase sempre nós somos o passado vivendo no presente e isso é inevitável. Quaisquer estímulos nos lembram de algo e isso nos distrai do presente. Às vezes parece que só no passado aconteceram fatos memoráveis e nada mais acontece no presente que seja para despertar nossas emoções, como se elas não mais se impressionassem com os acontecimentos, dos quais, participamos. Isso seria pela perda das ilusões? Seria pela “ausência das expectativas” do que pudesse nos acontecer e nos alegrar?
O problema é que quase nunca estamos onde nós estamos. Sendo assim, o passado se apropria dos nossos pensamentos e dos nossos momentos presentes. Isso às vezes gera nostalgia pelos pensamentos que nos invadem se eles são de causar saudades pelo que nos foi e não nos são mais. Existem sim os entendidos que dizem não ser bom sempre retroagir ao passado. Nossa presença sempre no nosso presente pode evitar a nostalgia que o nosso passado possa provocar. Então amiga como você escreveu “tenho sempre que estar a me reprogramar e focar no presente”, isso, como você já deve saber, quase sempre se esquece de praticar. Resta então, se conformar ou aderir ao que seus pensamentos lhes impõem em seus momentos de distração de seus presentes (risos).
Altino Olympio