Vez ou outra desaba algum telhado por cima das cabeças de quem está por baixo. Talvez aqui não sirva aquele dizer popular “estavam em lugar errado e na hora errada”. Contrariando “estavam em lugar certo e na hora certa” porque os seres humanos se distinguem dos outros animais pelo conhecimento possuído, cujo saber os conduz para locais condizentes com suas capacidades evolutivas. Nesses lugares desapropriados para outros inferiores em evolução, estes coitados aprisionados ainda no viver pela realidade, são surdos e cegos para perceber o mundo principal do além da realidade. Existem muitos locais de reuniões onde o mundo ainda invisível para nós se reúne com este nosso mundo visível. Isso causa muitas emoções e são incontáveis as testemunhas disso. Incrível como possa parecer, tem gente descrente disso. Ficam falando besteiras, como “tudo é sugestão, hipnose, lavagem cerebral, crendice e etc.”. Não sabem eles dos benefícios provenientes dessas reuniões de uniões com um poder vigente a socorrer qualquer gente. Problemas sentimentais e financeiros são resolvidos, doenças desaparecem, vícios e perturbações também. Quando um telhado desaba o supremo poder cultuado está presente no local, mas, ocupado, está disseminando dádivas entre os presentes. Se alguém morrer por causa do acidente isso apenas coincidi com sua chegada hora. Para os ilesos não. O outro mundo depois deste, sendo melhor como já se sabe, provoca mesmo a vontade de não evitar a morte aqui. Os conscientes disso, muito coerentes, não fazem questão de viver e nem evitam a morte. Infelizmente só se renasce lá depois do término da nossa missão por aqui. Para nós o descobrimento desse outro mundo de felicidade teve início no “descobrimento” deste país. Junto com os invasores vieram os padres para catequizarem os índios (talvez o inverso tivesse sido mais proficiente). Mas, os índios eram por demais ignorantes. Acreditavam no poder dos fenômenos existentes que podiam ver como no sol, na lua, no trovão, no rio, na mata e noutros. Os brancos eram muito mais inteligentes. Acreditavam no poder do que não viam, felizmente, porque, graças a eles temos um mundo melhor que não se vê para irmos depois de deixarmos este. Se não fosse por eles viveríamos todos apenas querendo carros, apartamentos, casas na praia, sítios, televisão, sexo oposto, ser políticos honestos, todas essas coisas que talvez o filho do Supremo tivesse tido alegria em possuir. Quanto mais se tem é melhor porque quando chegar a hora do “Daí o que tem e siga-me” quem mais tem é quem mais dará para quem não tem. Entretanto, quando desaba um telhado, isso pode ser apenas um fato do destino a nos relembrar do outro mundo que um dia irá nos reclamar. Coitado daquele que não acredita num outro mundo. Estamos neste aqui de passagem apenas nos preparando para o outro. Quem não se prepara terá que voltar. Credo, recomeçar tudo de novo. Viajar, comer, dormir, transar, dançar, teatro, cinema, shopping, novela, futebol, piscina, vôlei, carnaval, cachaça, churrasco, cerveja, cigarro, poupança, haja saco para tudo aturar novamente.