“Quanto mais altamente desenvolvida a espécie
ou grupo, mais baixa será a sua média de nascimentos. Também
é verdadeira nos casos individuais. O desenvolvimento intelectual, por
exemplo, parece ser hostil à fertilidade. Onde existe uma fertilidade
excepcional, há uma lentidão de inteligência e onde existiu,
durante a educação, um dispêndio excessivo de atividade
mental, segue-se freqüentemente uma infertilidade completa ou parcial”.
Herbert Spencer (1820-1903)
Isso nada tem a ver com o “Crescei-vos e Multiplicai-vos
e Fiquei-vos Desempregados” com que o povo ainda tem praticado, mais nas
regiões onde o intelecto é um luxo, um supérfluo para onde
existe o sofrimento da seca e da fome. É um folclore para tirar lágrima
de repórter quando ele está ao meio de uma gravação
para um programa de televisão. Milhões de camisinhas são
distribuídas durante os carnavais num disfarçável compulsório
do “Uni-vos e Trepai-vos Sem Perigo de Contaminação”
com a terrível e temível doença chamada de “Intelecto”
que, quando obstrui a fertilidade coloca em perigo a sobrevivência da
humanidade.
Nascido em 1724 e falecido em 1804, Emanuel Kant pensava que
o casamento o atrapalharia na busca honesta da verdade: “um homem casado”
costumava dizer Talleyrand “fará qualquer coisa por dinheiro”.
Kant, um filósofo, não durou o suficiente para ler de outro esta
frase: “Muitos filósofos morreram quando seus filhos nasceram”.
Claro! Trabalhar, comer de marmita, sustentar a família e se anular em
prol de quem ama, isso é mesmo “nobre” e conseqüente
morte para quem vive da ilusão de “poder consertar o mundo”
tentando transpassar para todos uma filosofia coerente para suas vidas. Todas
as filosofias redundaram em fracasso se comparadas com a “evolução”
do povo que não as consegue entender e muito menos se importa com elas,
porque: “Não, é perigoso, filosofia é doença
intelectual, pode deixar qualquer um impotente, pode-se ficar louco por causa
dela, muitos já ficaram, coitados, nem mais conseguem assistir novela
e por isso falta-lhes cultura”.
Ainda bem que filósofos são poucos. Se todos fossem filósofos,
toda mídia, religiões e todos os governos do mundo, estariam em
“maus lençóis”. Filósofos... Que praga que
eles são. Quem denunciar um deles terá praticado uma boa ação.