É verdade que quem morre descansa?
A morte é o destino para todos nós. Nascemos para algum dia morrermos. Ninguém quer morrer porque não quer se separar dos seus valores que ficam por aqui neste mundo. Todos têm os seus valores, sejam eles materiais ou familiares como cônjuge e filhos ou a alegria de viver que acreditam em ter. Para muitos a alegria de viver pode ser traduzida como aquela vida sempre envolvida nos prazeres exteriores que proporcionam satisfação momentânea para os sentimentos interiores que logo são esquecidos provocando desejos de serem repetidos. Se distrair ou se divertir parece que torna a vida mais atrativa. Isso supera a preocupação ou curiosidade de querer pensar se a vida tem algum significado ou não.
Antes da morte a vida nos leva até ela (risos) trazendo-nos consequências indesejáveis. Em vida, no mais das vezes nós adoecemos e vamos perdendo as nossas forças. Basta observar as decadências fisiológicas observando as pessoas idosas... audição fraca, visão fraca, rugas deformantes da aparência antiga e etc. Ninguém escapa das transformações que o passar do tempo provoca nos nossos corpos e nos nossos rostos. Quando vemos alguém que já faz tempo que não o vemos ou não a vemos, precisamos disfarçar para não demonstrar que vimos o estado físico lastimável em que o alguém se encontra. Quando vamos a um velório onde mais estão presentes pessoas adultas e conhecidas, pode-se notar como parte delas apresenta mudanças em suas aparências.
Nesta atualidade temos a internet com os seus aplicativos, e num deles, o YouTube, ele às vezes nos traz fotos de pessoas famosas que envelheceram. As fotos primeiro mostram o “antes” de quando eram jovens e o “depois” de quando envelheceram. Que barbaridade! Alguns se tornaram irreconhecíveis. Nós também tivemos os nossos antes e se já estamos no depois, alguns de nós também podem ficar irreconhecíveis e só nos resta nos conformarmos com essa situação que faz parte da natureza ou destino humano, nascer, viver e envelhecer até quando, pelo menos, ainda tivermos um tempinho a mais para viver. Mas, que graça tem ainda viver quando na velhice se perde a vaidade, as ilusões e os desejos? Estes são sinais de que já se está na hora de partir para sempre deste mundo agora confuso onde as insatisfações são mais constantes do que as satisfações.
https://www.youtube.com/watch?v=FtbVVgpPsBw
Altino Olímpio