A diacetila, composto utilizado na produção de pipoca de microondas como saborizante químico, chamou atenção pelo fato de sua inalação ser a causa de um problema pulmonar em centenas de operários americanos de fábricas de pipoca, a bronquiolite obliterante.
Apelidada de “pulmão de pipoca”, a bronquiolite obliterante é uma doença grave e irreversível que constringe os bronquíolos do pulmão, causando dificuldades respiratórias. A grande polêmica surgiu por conta da dúvida sobre até que ponto sentir o aroma artificial de manteiga exalado pelas pipocas de microondas poderia ser um perigo também aos consumidores.
Várias marcas de pipoca commanteiga contêm o químico diacetila, que produz vapores potencialmente tóxicos.
Um estudo feito pela Universidade de Minnesota (EUA) indicou que a diacetila é capaz de ultrapassar a “barreira sangue-cérebro”, que impede que substâncias tóxicas entrem no cérebro; estimula o acúmulo das proteínas beta-amiloides, que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer; e impede a proteína glioxalase, que protege as células nervosas, de chegar ao cérebro.
Porém, é importante observar que os estudos e toda a polêmica podem ter uma abordagem exagerada, visto que a diacetila está presente também naturalmente em alguns alimentos, como a manteiga, alguns derivados do leite, vinho, cerveja e até mesmo frutas.
Ter controle com o consumo excessivo de pipoca de microondas e evitar ficar na cozinha enquanto estiver aquele aroma de falsa manteiga no ar.
Se possível, dê preferência ao método tradicional de preparação, na panela, pois desta forma, mais do que evitar problemas com substâncias suspeitas, podemos controlar o nível de sal, gordura e obter apenas os benefícios da pipoca, riquíssima em antioxidantes capazes de combater os radicais livres e ajudar contra o envelhecimento precoce e diversos tipos de cânce