A última pesquisa da “seleção” da Universidade de Tel Aviv representa um ‘gol de placa’ – no jargão futebolístico brasileiro – na profilaxia e recuperação de pessoas de idade vitimadas por demências senis tais como a doença de Alzheimer, conseguindo até reverter seus danos cerebrais observados antes do novo tratamento.
O novo método envolve uma proteína semelhante à que protege o cérebro de lesões e danos, mas que, no entanto, está ausente nos pacientes com doença de Alzheimer.
Ainda não se sabe, com todos os detalhes, o que causa a doença de Alzheimer, mas as condições físicas que levam ao desenvolvimento dessa neuropatologia demencial da senilidade estão muito claras para os cientistas, ou seja, o acúmulo de placas e novelos neuronais que matam as células cerebrais nas pessoas que sofrem dessa doença, levando a pessoa à degeneração da função cognitiva e perda de memória progressiva até um grau que se torna incompatível com a manutenção da vida.
Partindo do conhecimento dessa proteína protetora, a equipe da Prof. Illana Gozes, “matou a bola no peito, fez uma série de tabelinha brilhantes e, de bicicleta, marcou um gol de placa”, decisivo para vencer o jogo contra o time da Alzheimer...
Um dos objetivos mais importantes nessa “partida decisiva” tem sido o de estabelecer modos de proteger os neurônios cerebrais das placa e neurofibrilas que formam minúsculos novelos que destroem a função neuronal. Num estudo publicado na edição de maio do <http://www.j-alz.com/vol40-supp1> Jornal da Doença de Alzheimer, a Prof. Illana Gozes, da Universidade de Tel Aviv, descreve como a NAP, um fragmento de uma proteína essencial para a formação neuronal do cérebro, tem evidenciado em estudos prévios a sua ação protetora do tecido cerebral. A perda de NAP expõe os neurônios ao dano físico resultante do comprometimento de suas funções, principalmente as cognitivas e de equilíbrio, que eventualmente os destrói, e como a aplicação de proteínas semelhantes à NAP que estão sendo sintetizadas na UTA impedem que esses danos progridam e até recuperam as suas funções celulares. E tais proteínas foram descobertas por Gozes e sua equipe. “A pesquisa”, disse ela, “pode eventualmente levar ao desenvolvimento de novas drogas que possam curar ou controlar de modo satisfatório os efeitos da doença de Alzheimer e de outras demências senis”.