07/05/2010Crianças diabéticas nas escolasNoticias
Crianças e Diabetes
29/4/2010 - Diabetes
Não são poucos os pais que por este período do ano ficam apreensivos ou porque seus filhos estão iniciando a vida escolar, se distanciando pela primeira vez da rotina familiar, ou mudando de escola. Os receios quanto à adaptação do filhote ao novo ambiente, quanto a eles estarem ou não preparados para, digamos, andar com as próprias perninhas, em especial no caso de crianças diabéticas ou portadores de qualquer problema crônico, não são raros. Ao contrário, esses temores paternos tendem a ser bastante frequentes e são, geralmente, os principais responsáveis pela maioria dos registros de rebeldia, choro, malcriações, inconformismos ou quaisquer outras formas de irritação ou estresse de crianças nessas circunstâncias. Papais e mamães, relaxem, há muito o que fazer em lugar de alimentar medos.
A idéia de estar na escola, ter coleguinhas, brincar e conquistar um novo status é bastante sedutora para toda criança e desde que os temores dos pais sejam retirados da situação, eles poderão perceber que seus filhos lidam bem com a novidade, revela a psicóloga Rosana Manchon, responsável pelo atendimento a crianças e jovens diabéticos em seu consultório e em uma das mais respeitadas associações para pacientes do País.
O principal cuidado quando a garotada está indo às aulas, independentemente de ser ou não o primeiro dia, é o de os pais fazerem junto à escola, a seus funcionários e alunos um trabalho de orientação sobre o que seja o diabetes, aconselha a psicóloga. É importante que todos tomem conhecimento do que seja uma hipoglicemia, de o que fazer em um momento de instabilidade. “A pessoa que cuida da cantina também deve estar bem informada, para poder ser rápida no preparo de um suco de laranja ou na oferta de qualquer outro alimento que ajude a levantar a taxa de glicemia da criança em uma emergência”, acrescenta Rosana.
Naturalmente, todos esse cuidados devem ser precedidos de um trabalho de aceitação dos próprios pais em relação ao diabetes, o que os ajudará a orientar a criança a lidar bem com os cuidados que deve ter consigo mesma e a levar uma vida normal, com uma rotina um pouco mais complexa em relação à maioria das pessoas. Rosana assegura que, daí em diante, tudo se torna mais simples. A criança poderá, a partir dos quatro anos, começar a entender suas necessidades sem encará-las como algo negativo, assim como começar a aceitar com naturalidade hábitos alimentares saudáveis e compreender que comer errado é ruim para qualquer pessoa, não apenas para ela.
Fonte " Diabetes Nós Cuidamos "